tag:blogger.com,1999:blog-37758145.post4127904847054547555..comments2024-02-27T12:02:36.300-03:00Comments on nota na pauta: interestelar ou a salvação vem de nós mesmosjoêzerhttp://www.blogger.com/profile/10176017886370231964noreply@blogger.comBlogger6125tag:blogger.com,1999:blog-37758145.post-82465849131729590342016-02-10T19:41:00.083-03:002016-02-10T19:41:00.083-03:00caro anônimo, ótimo comentário! vou procurar ver o...caro anônimo, ótimo comentário! vou procurar ver o filme "pi". grato pela leitura. abs.joêzerhttps://www.blogger.com/profile/10176017886370231964noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-37758145.post-36260493977439919252016-02-09T22:04:15.395-03:002016-02-09T22:04:15.395-03:00A palavra "pseudociência" presente em mu...A palavra "pseudociência" presente em muitas críticas me chamou a atenção. Achei o filme uma porcaria, mas não porque é "pseudocientífico". Aliás nem acho que uma boa ficção científica deva ser científica, caso contrário deixaria de ser ficção (embora fique difícil, às vezes, reconhecer o limite entre uma teoria e uma boa ficção, o que não é o caso deste filme; não é uma teoria, muito menos uma boa ficção). O problema é que esse cara, ao se utilizar de um certo repertório linguístico, emprega mal o vocabulário. Não estou falando de inconsistências, estou falando de prolixismo. O uso de certos conceitos da física me deu somente a sensação de que eu não entendo porcaria nenhuma do assunto e que por isso mesmo deveria levar a sério o que aquele roteiro importante estaria tentando me dizer. Um filme não deve ser complicado para ser bom, tampouco deve ser simples. Ele deve ser o que deve ser ( e neste caso ele é o que não deve). Gostaria de citar um bom exemplo de filme cuja temática aborda a questão das ciências formais sem ser pedante: " pi" de Darren Aronofsky. Um filme que fala o tempo inteiro sobre matemática sem praticamente botar um cálculo na boca dos protagonistas. Resta, então, ficarmos de boa com o fato de que o destino de toda humanidade tenha ficado num pequeno quarto norte americano esperando para ser interpretado por uma garota norte americana. Ah, bom... Só fico aqui me perguntando, se no caso de um cataclisma, eu farei parte dessa humanidade a ser salva pelos gringos.Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-37758145.post-64957592510110037862014-12-29T18:48:25.979-03:002014-12-29T18:48:25.979-03:00concordo que o filme serve uma ateologia, ou um an...concordo que o filme serve uma ateologia, ou um antropocentrismo (antropodiceia?) radical. Por isso concluí que em Interestelar "a salvação vem por nós mesmos". Ok, posso assistir e dialogar com a ideia. Talvez por ficar entediado (será que cochilei?) eu não tenha percebido esse discurso desde o começo, pois me pareceu somente uma viagem interplanetária e depois entrou o poder do amor como resolução e depois o poder da tecnologia humana como solução.<br />Nolan merece crédito por levantar questões fundamentais da existência em seu seu cinema - como acho que ele fez com louvor em Dark Knight.<br />um ótimo 2015 a você e à família! joêzerhttps://www.blogger.com/profile/10176017886370231964noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-37758145.post-49018426484704489332014-12-29T13:39:34.001-03:002014-12-29T13:39:34.001-03:00Grande Joêzer,
Vamos ponto por ponto:
4 - não fiqu...Grande Joêzer,<br />Vamos ponto por ponto:<br />4 - não fiquei com esta impressão, mas irei assistir outras vez para averiguar. o problema é que este simplesmente não é um filme que foi feito para se assistir em casa ou em salas inferiores. vai ser sofrimento sentir a ausência do espetáculo sonoro e visual em sua plenitude.<br />3 - não tive a impressão que o caminho era científico, mas sim, desde o início, um discurso filosófico de Feuerbach, onde Teologia é substituído de Antropologia e onde Deus é a projeção de características humanas. Não há nada novo neste discurso, mas achei que foi feito de maneira majestral. Pessoalmente não conheço 2001 à fundo, mas o discurso principal lá me parece ser outro. Nietzsche, Marx, Engels e Wagner eram conversos desta nova religião ateista. O filme, como a filosofia, peca em acreditar na natureza humana essencialmente boa, como a história da nossa raça claramente demonstrou. Portanto, na minha visão não há mudança de rumo, pois, no fundo, o discurso era em torno do discurso ateu e suas ramificações.<br />2 e 1 - concordo em parte. acredito que ele tenha colocado algumas coisas desta forma, o que desfigura um pouco, mas o discurso subjacente, de Antropologia substituindo a Teologia, continua distante da cabeça da grande maioria dos espectadores. Contato é fantástico, mas o discurso é bem mais aberto e, em minha opinião, menos distante do que cremos. Interstellar é um pacote fechado, um manifesto ateu, uma visão modernista. Inclusive, Nolan é um dos poucos que ousa ver o mundo como algo descartável, um anti-ecólogo, algo ousado e politicamente incorreto hoje em dia. Ele é o oposto do Cameron, apostando em 70mm, trilha de orgão, e uma mensagem impopular. respeito, apesar de não concordar com a tese fundamental.<br />grande abraço, meu caro<br />André R. S. Gonçalveshttps://www.blogger.com/profile/01346272423548025833noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-37758145.post-51363729683756786212014-12-29T11:20:08.806-03:002014-12-29T11:20:08.806-03:00mister andré, prazer em vê-lo por aqui.
eu fui ass...mister andré, prazer em vê-lo por aqui.<br />eu fui assistir com as melhores expectativas porque gosto muito de ficção científica. aponto 4 problemas que não me deixaram engolir o filme:<br /><br />4 - eu achei a trilha sonora ótima, é o Hans Zimmer. o problema está em alguns momentos em que não está acontecendo nada solene ou majestático e vem o órgão a la Assim Falou Zaratustra. Além de cópia forçada (e não citação, como fazia Brian de Palma com cenas de Hitchcock), a música tenta induzir a um sentimento ou sensação que não comparece na tela.<br /><br />3 - Nolan indica que vai seguir um caminho e termina noutro: deixa claro que será uma jornada científica, mas termina num dramalhão desnecessário. Anne Hathaway tentando provar a ciência do "poder do amor" num momento decisivo do filme é risível.<br /><br />2 - Sutileza não é o forte de Nolan. Ele tasca as explicações na cabeça da gente. Para que aquela cena do astronauta fazendo um furo numa folha de papel para explicar para outro astronauta o "buraco de minhoca"? Já tinha sido falado no filme, mas aí o Nolan parece perguntar ao espectador: Entendeu ou quer que desenhe? <br /><br />1 - O grande problema de Interestelar não é a pseudociência ou o dramalhão, nem a lentidão contemplativa de algumas cenas. O problema foi fazer um filme inspirado em reflexões filosóficas e científicas mas que tivesse cenas que atraísse o espectador médio. O resultado é um crossover que não ficou nem uma coisa nem outra - nem ficou como os novos Star Trek ou Gravidade (filmes assumidamente populares com subtexto existencial) nem como 2001 ou Contato.<br />em todo o caso, é um filme que recomendo assistir, nem que seja para se decepcionar, como foi meu caso.<br /><br />abraços, man!joêzerhttps://www.blogger.com/profile/10176017886370231964noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-37758145.post-6986934889642532692014-12-27T02:38:16.406-03:002014-12-27T02:38:16.406-03:00caro Joêzer,
há muito tempo não passava por aqui. ...caro Joêzer,<br />há muito tempo não passava por aqui. que bom que continua firme e forte.<br />em outro momento quero tomar o tempo para debater, mas não posso deixar passar que a minha impressão é exatamente contrária à sua: achei Interstellar fenomenal, apesar de não concordar com ideologia por detrás. uma fusão de Feuerbach e seus conversos Nietzsche e Freud, além de bastante Kant, Platão e provavelmente tantos outros que não conheço ou não percebi, foi simplesemente espetacular. um não-romance sutil e profundo, uma trilha assustadoramente gigante, imagens grandiosas e pretensiosas, mas que, em minha opinião formam uma excelente moldura para este roteiro tão bem elaborado... bem, Nolan, para mim, é o melhor no momento e este filme é um dos poucos que recebeu 10 na minha lista de filmes. tive o privilégio de assistir em um IMAX 70mm e não houve um minuto sequer de tédio. é a melhor sala que eu conheço, onde o som geralmente é excepcional, mas a mesma não deu conta da trilha que chegou a ser esmagadora em vários momentos.<br />portanto, como você pode ver, estou do outro lado do espectro em termos de opinião.<br />vamos nos falando.<br />grande abraçoAndré R. S. Gonçalveshttps://www.blogger.com/profile/01346272423548025833noreply@blogger.com