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Mostrando postagens de setembro, 2021

Frankenstein, a música e o conhecimento do bem e do mal

Quem só conhece o monstro criado pelo cientista Victor Frankenstein através das versões do cinema, e não por meio da leitura do livro escrito por uma jovem Mary Shelley em 1818, não sabe que aquela criatura na verdade tem um bom coração, aprecia música e é vegetariano. No livro, parte da história é contada ao criador pelo próprio monstro, que se afastou cada vez dos lugares onde o viam como aberração e maldição. Separei alguns trechos em que ele revela suas predileções (os trechos citados são da ótima edição publicada pela Via Lettera): “ Minha comida não é a do homem; não destruo a ovelha e o cabrito para saciar meu apetite; bolotas e amoras me dão nutrição suficiente ”. Mary e seu marido, o poeta Percy Shelley, eram vegetarianos. Em 1813, cinco anos antes da publicação de Frankenstein, Percy Shelley escreveu um livro chamado “A Vindication of Natural Diet”, sobre vegetarianismo e direito dos animais. O tradutor Santiago Nazarin diz que, “ao fazer do monstro um ser naturalmente ve