O cristianismo evangélico é um fenômeno que cresce a largos passos. Números do IBGE e da FGV dão conta de que os evangélicos já compõem 18% da população brasileira. Isso quer dizer, então, que a cultura do país está sendo impactada, certo? Errado. Por que a cultura evangélica não tem abalado as estruturas da cultura da mídia, do pensamento universitário, da cosmovisão secular humanista, do modo de fazer política? Em No place for truth , David Wells lamenta o fato de que “todo esse inchaço de crescimento evangélico não fez qualquer impacto cultural. [...] A presença de evangélicos na cultura norte-americana apenas causou uma marolinha”. No Brasil, o cristianismo evangélico avança. Há uma bancada evangélica no Congresso, músicos cristãos em programas de TV, milhares de pessoas marchando por avenidas. Tudo isso é importante e dá visibilidade ao cristianismo. Mas isso tudo nos dá credibilidade? Quanto disso tudo tem feito com que os descrentes nos vejam como uma alternativa séria ao sec...
Música, mídia, cultura.