É verdade que em 1913 já havia carros, aviões, elevador, estrelas da música popular, cinema, adolescente rebelde e cheque devolvido. Mas nada disso tinha a dimensão que viria a ter depois de 1913, quando os pacíficos aviões serviriam a 1ª Guerra Mundial (1914-1918) e a música popular ganharia cada vez mais importância no cotidiano. Em 31 de março de 1913, um concerto noturno com músicas de Arnold Schoenberg, Anton Webern e Alban Berg, o trio revolucionário de Viena, não chegou ao final. As estridências harmônicas das obras foram demais para o público que passou da discussão verbal à luta física, sendo necessária a intervenção policial. Mas houve quem admitisse que o som das brigas foi o mais harmonioso naquela noite. No dia 15 de maio, estreava Jeux , partitura de Debussy coreografada por Nijínski. Talvez por causa da música sutil, fluente e encantória, não houve desacato durante o balé que apresentava um triângulo amoroso e sensual, o que já seria escândalo suficiente. A
Música, mídia, cultura.