Pular para o conteúdo principal

10 melhores trilhas sonoras premiadas no Oscar

Na semana que precede a festa do troféu mais disputado do cinema, o Oscar, fiz uma lista de músicas premiadas ou injustiçadas na categoria "Melhor Trilha Sonora". A seguir, as 10 trilhas sonoras vencedoras do Oscar que, na ínfima opinião e gosto deste músico, são as melhores entre as oscarizadas (em ordem cronológica). Para ouvir, clique nos títulos dos filmes ou nos vídeos:

As Aventuras de Robin Hood (1938) | Autor: Erich von Korngold
Trilha sonora épica, sinfônica e triunfal que marcaria toda uma forma de compor para filmes de ação e aventura. E ainda tem tons românticos ou cômicos quando necessário.




A Ponte do Rio Kwai (1957) | Autor: Malcolm Arnold
O tema mais assobiado do cinema? Talvez sim. Nem o Domingão do Faustão, que usou até a exaustão a música desse filme, conseguiu destruir esse clássico.

Bonequinha de Luxo (1961) | Autor: Henry Mancini
Audrey Hepburn + "Moon River" derrete corações até hoje. Some-se a delicada trilha de Henry Mancini  e temos uma combinação perfeita.

Lawrence da Arábia (1962) | Autor: Maurice Jarre
O épico dos épicos possui uma trilha orquestral grandiosa.



Golpe de Mestre (1973) | Adaptação musical: Marvin Hamlisch
Tá certo que não se trata de uma trilha sonora original como as demais dessa lista, e sim de arranjos sobre a música do compositor Scott Joplin. Mas é só escutar aquele piano tocando o famoso tema no estilo ragtime dos anos 1920 pra entender porque selecionei essa trilha sonora.

O Poderoso Chefão - Parte 2 (1974) | Autores: Nino Rota e Carmine Coppola
O compositor Nino Rota nunca foi premiado por uma de suas trilhas inesquecíveis dos filmes de sua parceria com o diretor Federico Fellini. A Academia que concede o Oscar também desclassificou sua música para o primeiro filme da série O Poderoso Chefão com a justificativa de que o tema principal não era original, mas um arranjo de uma cançoneta italiana.




Tubarão (1975) | Autor : John Williams
O reinado de John Williams começa com uma trilha poderosa e marcante. O espectador passa mais da metade do filme sem ver o tubarão inteiro. Nem precisa. Só a barbatana e a música já são suficiente aterrorizantes.

Star Wars - Episódio IV (1977) | Autor: John Williams
Não há ruído no vácuo, mas há a música retumbante e triunfal se propagando no espaço. Nos episódios subsequentes, Williams desenvolve novos temas para os personagens sem perder o pique criativo. No vídeo, o próprio John Williams rege a orquestra tocando o tema de Star Wars.



O Tigre e o Dragão (2000) | Autor: Tan Dun
Trilha percussiva e também bastante melodiosa que evoca a serenidade e a agilidade de personagens e situações com muita graça e beleza.




O Senhor dos Anéis - O Retorno do Rei (2003) | Autor: Howard Shore
Um feito técnico e musical impressionante, dada a variedade e o uso criativo de temas musicais interligados com os personagens, objetos e eventos. Se você lembrou dos métodos de composição operística do compositor alemão do século 19 Richard Wagner, fez bem. Wagner só não aplaudiria porque devia achar impossível alguém compor algo tão bom assim.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

o mito da música que transforma a água

" Música bonita gera cristais de gelo bonitos e música feia gera cristais de gelo feios ". E que tal essa frase? " Palavras boas e positivas geram cristais de gelo bonitos e simétricos ". O autor dessa teoria é o fotógrafo japonês Masaru Emoto (falecido em 2014). Parece difícil alguém com o ensino médio completo acreditar nisso, mas não só existe gente grande acreditando como tem gente usando essas conclusões em palestras sobre música sacra! O experimento de Masaru Emoto consistiu em tocar várias músicas próximo a recipientes com água. Em seguida, a água foi congelada e, com um microscópio, Emoto analisou as moléculas de água. Os cristais de água que "ouviram" música clássica ficaram bonitos e simétricos, ao passo que os cristais de água que "ouviram" música pop eram feios. Não bastasse, Emoto também testou a água falando com ela durante um mês. Ele dizia palavras amorosas e positivas para um recipiente e palavras de ódio e negativas par

paula fernandes e os espíritos compositores

A cantora Paula Fernandes disse em um recente programa de TV que seu processo de composição é, segundo suas palavras, “altamente intuitivo, pra não dizer mediúnico”. Foi a senha para o desapontamento de alguns admiradores da cantora.  Embora suas músicas falem de um amor casto e monogâmico, muitos fãs evangélicos já estão providenciando o tradicional "vou jogar fora no lixo" dos CDs de Paula Fernandes. Parece que a apologia do amor fiel só é bem-vinda quando dita por um conselheiro cristão. Paula foi ao programa Show Business , de João Dória Jr., e se declarou espírita.  Falou ainda que não tem preconceito religioso, “mesmo porque Deus é um só”. Em seguida, ela disse que não compõe sozinha, que às vezes, nas letras de suas canções, ela lê “palavras que não sabe o significado”. O que a cantora quis dizer com "palavras que não sei o significado"? Fiz uma breve varredura nas suas letras e, verificando que o nível léxico dos versos não é de nenhu

Nabucodonosor e a música da Babilônia

Quando visitei o museu arqueológico Paulo Bork (Unasp - EC), vi um tijolo datado de 600 a.C. cuja inscrição em escrita cuneiforme diz: “Eu sou Nabucodonosor, rei de Babilônia, provedor dos templos de Ezágila e Égila e primogênito de Nebupolasar, rei de Babilônia”. Lembrei, então, que nas minhas aulas de história da música costumo mostrar a foto de uma lira de Ur (Ur era uma cidade da região da Mesopotâmia, onde se localizava Babilônia e onde atualmente se localiza o Iraque). Certamente, a lira integrava o corpo de instrumentos da música dos templos durante o reinado de Nabucodonosor. Fig 1: a lira de Ur No sítio arqueológico de Ur (a mesma Ur dos Caldeus citada em textos bíblicos) foram encontradas nove liras e duas harpas, entre as quais, a lira sumeriana, cuja caixa de ressonância é adornada com uma escultura em forma de cabeça bovina. As liras são citadas em um dos cultos oferecidos ao rei Nabucodonosor, conforme relato no livro bíblico de Daniel, capítulo 3. Aliás, n