Alguém pode estar se perguntando de onde apareceu esse filme
nacional que "ninguém viu" e que agora foi indicado ao Oscar de
melhor animação.
Isso confirma que os exibidores do circuito comercial e as
sessões da tv paga estão interessadas somente no mais do mesmo. É da Disney? É
da Pixar? Tem princesinhas, monstrinhos, robozinhos, todos fofinhos? A gente exibe.
É do mestre Miyazaki? É esta delicada animação nacional? A
gente ignora.
O que se nota é a tomada de todas as salas e espaços de TV
pelas animações de personagens similares, histórias semelhantes, traçado
idêntico e sucesso parecido.
"O Menino e o Mundo" narra a história de um garoto
que sai à procura do pai e vai enfrentando um mundo hostil aos olhos de uma
criança. A animação dirigida por Alê Abreu foge do traço realístico e prefere a
simplicidade do desenho e a paleta de cores que parecem ter saído do nosso giz
de cera de infância.
Ficar entre os cinco indicados ao Oscar de animação já é uma
vitória para os realizadores de "O Menino e o Mundo". Não tem chances
diante do peso pesado "Divertida Mente". Até porque não é toda hora
que aparece um Wendell Lira ganhando de um Messi.
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