O Homem que Calculava...Síncopes
Certa manhã, o mestre se retirava do templo quando um homem o interpelou:
- Mestre, hoje contei 89 síncopes no louvor 'Vinde às Águas' e 137 em 'O Melhor Lugar do Mundo'.
Ao ouvirem a palavra "síncope", alguns publicanos desmaiaram de terror. Outros tantos se aglomeraram em torno do mestre a fim de ver se o que ele responderia estava de acordo com a tabela de Regulamentações e Proporções da Boa e Verdadeira Música. A maioria, entretanto, seguiu seu caminho para casa, pois era gente simples que tinha mais o que fazer.
Os que ficaram, ouviram do mestre:
- Síncopes, tétrades, terça menor, anacruse...São apenas elementos estruturantes da música. Ai de vós que contam síncopes no templo e engolem correntes de whatsapp em casa. Por que vos detêm em terraplanismos musicais? Credes vós que não há síncope em vossos cânticos tradicionais e que os Arautos do Rei só acentuam sílabas no tempo forte da música?
Outro homem então perguntou:
- Mestre, sei que entendes sobremaneira de música, mas o problema da síncope não é quando ela aparece de vez em quando, principalmente no final de um verso, e sim quando ela está em praticamente todos os compassos, fugindo às proporções da Boa e Verdadeira Música.
Ao que o mestre prontamente respondeu:
- Ninguém canta marcando a síncope, pois a síncope é como a crase. Porventura vós falais "eu vou aa feira", marcando a crase para que todos vejam que vós sabeis o que é crase, ou a crase só aparece quando escreveis "eu vou à feira"? A síncope está na partitura assim como a crase está no livro. Mas ninguém canta com síncope do mesmo modo que ninguém fala com crase.
Ao ouvir tais palavras, eles se foram para suas casas, reconsiderando as ideias. Mas alguns deles não mudaram de entendimento, pois haviam endurecido o coração de tanto ouvir palestras sensacionalistas.
- Mestre, hoje contei 89 síncopes no louvor 'Vinde às Águas' e 137 em 'O Melhor Lugar do Mundo'.
Ao ouvirem a palavra "síncope", alguns publicanos desmaiaram de terror. Outros tantos se aglomeraram em torno do mestre a fim de ver se o que ele responderia estava de acordo com a tabela de Regulamentações e Proporções da Boa e Verdadeira Música. A maioria, entretanto, seguiu seu caminho para casa, pois era gente simples que tinha mais o que fazer.
Os que ficaram, ouviram do mestre:
- Síncopes, tétrades, terça menor, anacruse...São apenas elementos estruturantes da música. Ai de vós que contam síncopes no templo e engolem correntes de whatsapp em casa. Por que vos detêm em terraplanismos musicais? Credes vós que não há síncope em vossos cânticos tradicionais e que os Arautos do Rei só acentuam sílabas no tempo forte da música?
Outro homem então perguntou:
- Mestre, sei que entendes sobremaneira de música, mas o problema da síncope não é quando ela aparece de vez em quando, principalmente no final de um verso, e sim quando ela está em praticamente todos os compassos, fugindo às proporções da Boa e Verdadeira Música.
Ao que o mestre prontamente respondeu:
- Ninguém canta marcando a síncope, pois a síncope é como a crase. Porventura vós falais "eu vou aa feira", marcando a crase para que todos vejam que vós sabeis o que é crase, ou a crase só aparece quando escreveis "eu vou à feira"? A síncope está na partitura assim como a crase está no livro. Mas ninguém canta com síncope do mesmo modo que ninguém fala com crase.
Ao ouvir tais palavras, eles se foram para suas casas, reconsiderando as ideias. Mas alguns deles não mudaram de entendimento, pois haviam endurecido o coração de tanto ouvir palestras sensacionalistas.
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