Umberto Eco completa 80 anos de vida. Erudito versado em
arte, literatura,linguística, filosofia, estudos da mídia, religião e ainda um
romancista bestseller, Eco parece capaz de escrever sobre qualquer
assunto com maestria.
Ele mistura investigação criminal com discussões
filosófico-religiosas em O Nome da Rosa; discorre sobre a multiplicidade,
mas não a infinidade, da interpretação de uma obra no livro Obra Aberta; analisa a divisão entre os que veem a cultura de massas como um transtorno cultural e
os que aderem alegremente à cultura pop, como em Apocalípticos e Integrados; defende a existência do
livro apaixonadamente em Não Contem com o Fim do Livro.
Numa eleição promovida pela revista Prospect, figurou
em segundo lugar como o maior intelectual vivo do mundo, atrás de Noam Chomsky. Com a ajuda do WikiQuotes, selecionei algumas frases de seu livro mais conhecido como pequena
homenagem a esse gigante do pensamento.
De "O Nome da Rosa" (vale a pena assistir ao filme):
"Nada inspira mais coragem ao covarde do que o medo
alheio"
"Não há progresso, não há revolução de eras, na
aventura do saber, mas, no máximo contínua e sublime recapitulação"
"Os livros não são feitos para se crer neles, mas para
serem submetidos a investigação."
"Fragmentos da cruz vi muitos outros, noutras igrejas.
Se todos fossem autênticos, Nosso Senhor não teria supliciado sobre duas hastes
cruzadas, mas sobre uma floresta inteira."
"O caminho da ciência é difícil e é difícil distinguir nele o
bem do mal. E freqüentemente os sábios dos novos tempos são apenas anões em
cima dos ombros de anões. O limite entre o veneno e o remédio é bastante tênue,
os gregos chamavam a ambos de Pharmacon."
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Para pesquisadores, o breve Como Fazer uma Tese é indispensável. É onde ele diz que não há objeto de pesquisa indigno, mas sim metodologia inadequada.
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