Perguntada se um milagre divino teria lhe dado a reação
rápida para salvar sua filha de 19 meses da destruição causada pelo tornado em
Oklahoma, Rebecca Vitsmun diz ao constrangido repórter que é ateia, e completa
simpaticamente: “Não culpo ninguém por agradecer ao Senhor”.
Está aí uma ateia sem recalques e que respeita aqueles que creem
na intervenção de Deus.
Mas o filósofo Michel de Montaine, em 1592, percebia que
havia alguns ateus nada simpáticos que manifestavam o costume tão humano de manejar o que lê em favor de suas ideias preconcebidas.
“Estamos sempre dispostos a atribuir aos escritos dos outros
sentidos que favoreçam as nossas opiniões sedimentadas: um ateu se orgulha de
fazer com que todos os autores reforcem a causa do ateísmo. Ele envenena com
sua própria peçonha o mais inocente pensamento” (The complete essays, Londres,
edição de 1991, p. 500).
Comentários
Arrisco dizer que os "ateus do dia a dia"(aqueles que não são super cientistas/pesquisadores)não veem problema na crença dos outros.