Das notícias que correm o mundo, há aquelas que nos surpreendem. Jornalistas iraquianos, desportistas brasileiros, cantores de volta à fama via YouTube. Nossa seção "fábulas menores de moral mínima" pega carona no noticiário-mentira e humor-verdade, afinal, certas notícias parecem fábulas. E se não são, nos encarregamos de torná-las fábulas. Mas a moral mínima é por conta dos protagonistas reais dessas histórias.
O santo sapateiro
Lembra quando Bush ganhou (mas não levou) duas sapatadas de um jornalista iraquiano? O atirador ruim de mira acabou de sair da prisão e foi presenteado com uma casa maior para morar, um carro novo, uma homenagem da cidade natal em forma de sapato-estátua, mais plano de saúde, mais uma bela quantia enviada por admiradores, mais propostas de casamento. Sinais dos tempos: já vão longe os dias em que as celebridades iraquianas eram mortíferos homens-bomba que não sobreviviam para ajuntar tesouros que a traça corrói.
Nelsinho Piquet, o kamikase
Depois de Nelsinho Piquet revelar que agiu como um bravo piloto no cumprimento do desonroso dever ao obedecer ordens da Renault para bater o carro na pista, o que, coincidentemente, levou o companheiro de equipe Fernando Alonso a ganhar o Grande Prêmio de Cingapura no ano passado; depois do chefe acusado, Flavio Briatore, duvidar da masculinidade de Nelsinho Piquet; depois da Renault demitir Briatore mas não contestar as acusações de armação, agora todo mundo vai entender o que queriam dizer com “o circo da Fórmula 1”.
Eles são os caras!
Dunga no comando vitorioso da seleção, Barrichello no volante vitorioso de seu carro: falta quanto tempo para aprontarem um comercial de cerveja com esses brasileiros guerreiros ou para ouvirmos o Lula dizer que o brasileiro é como o Dunga e o Rubinho que não desistem nunca? Em alta na cotação da torcida, Dunga cogita até voltar a vestir aquelas camisas Sidney Magal de seus primeiros meses como técnico. No caso de Rubinho, que corre (sim, agora corre) o sério risco de ser campeão, já tem humorista preocupado com a falta de assunto em 2010.
Biafra encontra Ícaro
Quando Byafra gravou seu maior sucesso, “Sonho de Ícaro”, dos inesquecíveis versos “Voar, voar, subir, subir / Ir por onde for”, não imaginava que a parte da letra que diz “Descer até o céu cair” iria se cumprir profeticamente pela graça de um saltador de parapente que despencou sobre ele como um Ícaro desgovernado. O reaparecimento de cantores na mídia por obra de uma videocacetada ainda vai tirar do ostracismo velhos ídolos: se Byafra foi atingido pela própria metáfora, se Vanusa remixou o Hino Nacional, não quero nem imaginar como será o retorno de Gretchen?
A volta dos que não foram
Depois da busca, apreensão e entrevista do cantor Belchior, desaparecido há dois anos pelas contas do Fantástico, desaparecido há mais de vinte pelas contas dos brasileiros, a Globo já inicia os contatos para ir atrás de Baltazar, o "artilheiro de Deus" e do campeonato brasileiro nos anos 80. Se encontrarem Gasparzinho, a festa natalina desse ano promete ser a maior de todos os tempos. Afinal, não é em todo milênio que se pode contar com os três reis magos da tradição católica: Gaspar, Baltazar e Belchior.
O santo sapateiro
Lembra quando Bush ganhou (mas não levou) duas sapatadas de um jornalista iraquiano? O atirador ruim de mira acabou de sair da prisão e foi presenteado com uma casa maior para morar, um carro novo, uma homenagem da cidade natal em forma de sapato-estátua, mais plano de saúde, mais uma bela quantia enviada por admiradores, mais propostas de casamento. Sinais dos tempos: já vão longe os dias em que as celebridades iraquianas eram mortíferos homens-bomba que não sobreviviam para ajuntar tesouros que a traça corrói.
Nelsinho Piquet, o kamikase
Depois de Nelsinho Piquet revelar que agiu como um bravo piloto no cumprimento do desonroso dever ao obedecer ordens da Renault para bater o carro na pista, o que, coincidentemente, levou o companheiro de equipe Fernando Alonso a ganhar o Grande Prêmio de Cingapura no ano passado; depois do chefe acusado, Flavio Briatore, duvidar da masculinidade de Nelsinho Piquet; depois da Renault demitir Briatore mas não contestar as acusações de armação, agora todo mundo vai entender o que queriam dizer com “o circo da Fórmula 1”.
Eles são os caras!
Dunga no comando vitorioso da seleção, Barrichello no volante vitorioso de seu carro: falta quanto tempo para aprontarem um comercial de cerveja com esses brasileiros guerreiros ou para ouvirmos o Lula dizer que o brasileiro é como o Dunga e o Rubinho que não desistem nunca? Em alta na cotação da torcida, Dunga cogita até voltar a vestir aquelas camisas Sidney Magal de seus primeiros meses como técnico. No caso de Rubinho, que corre (sim, agora corre) o sério risco de ser campeão, já tem humorista preocupado com a falta de assunto em 2010.
Biafra encontra Ícaro
Quando Byafra gravou seu maior sucesso, “Sonho de Ícaro”, dos inesquecíveis versos “Voar, voar, subir, subir / Ir por onde for”, não imaginava que a parte da letra que diz “Descer até o céu cair” iria se cumprir profeticamente pela graça de um saltador de parapente que despencou sobre ele como um Ícaro desgovernado. O reaparecimento de cantores na mídia por obra de uma videocacetada ainda vai tirar do ostracismo velhos ídolos: se Byafra foi atingido pela própria metáfora, se Vanusa remixou o Hino Nacional, não quero nem imaginar como será o retorno de Gretchen?
A volta dos que não foram
Depois da busca, apreensão e entrevista do cantor Belchior, desaparecido há dois anos pelas contas do Fantástico, desaparecido há mais de vinte pelas contas dos brasileiros, a Globo já inicia os contatos para ir atrás de Baltazar, o "artilheiro de Deus" e do campeonato brasileiro nos anos 80. Se encontrarem Gasparzinho, a festa natalina desse ano promete ser a maior de todos os tempos. Afinal, não é em todo milênio que se pode contar com os três reis magos da tradição católica: Gaspar, Baltazar e Belchior.
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