Para escapar da avalanche de filmes feitos para adolescente histérica gritar, o jeito é rebobinar o passado (rebobinar, lembra?) e ver ou rever filmes que não se submeteram à tortuosa política de Roliúdi: "Quanto mais descerebrado e barulhento, melhor. Com direito a duas sequências sem noção".
Há outros, mas selecionei os seguintes filmes por questão de espaço e importância. Importância pessoal, claro, ou isto não seria uma evidente lista arbitrária.
A vida na sala de aula como ela é. Escrevi mais sobre esse grande filme nesse artigo aqui.
Os Sete Samurais (Japão, 1954)
Revisto e continuamente admirado. Se você for levado pela impressão de que já viu essa história, é isso mesmo: todos os filmes que você comparar beberam na fonte que combina ação e conflito ocidentais com reflexão e silêncio orientais.
A Pequena Loja da Rua Principal (Tchecoslováquia, 1964)
Um cidadão tcheco comum é obrigado a tomar conta da loja de uma anciã judia quando um vilarejo é tomado pelos nazistas. A convivência forçada de ambos terá efeitos transformadores para ele, mas drásticos para ela. Uma aula de cinema que mescla ternura e denúncia e que não se deixa levar pela tentação da pieguice barata.
Uma proeza artística que apresenta uma equilibrada mensagem ecológica e uma narrativa digna de Chaplin. Obra-prima.
Aguardem, sem maiores expectativas: meninos, eu vi (a década) e meninos, eu li e ouvi 2009.
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