Não sei se você lembra ou se já era nascido, mas não faz tanto tempo que passou na TV um comercial de refrigerante(?) que era mais ou menos assim: um adulto todo engomadinho ouvia ópera com uma expressão de profundo tédio. Aí o narrador dizia: mas enquanto esse tempo (de ouvir ópera feito um velho caidaço?) não chega, aproveite para... Então aparecia uma menina toda feliz e animada ouvindo música pop e tomando seu xarope com gás. Associar música clássica com caretice e música pop com modernidade é um truque barato dos publicitários para vender uma imagem de produto hype para descolados e afins. Uma pena, porque música clássica não é coisa de véio! Música pop também pode ser absurdamente entendiante e chata como um bate-estaca, uma Macarena, uma Celine Dion cantando o tema do Titanic, uma Beyoncé se esgoelando e fazendo pose de stripper, uma Shakira rebolando pior que a Gretchen, um Restart que deveria ser reinicializado, um Marcelo Camelo, um discurso da Dilma... Escutar uma ó...
Música, mídia, cultura.