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Mostrando postagens de 2009

bom ano novo e happy new ears

Os homens e suas marcações de data. Quando o ano novo mal se avizinha, é um tal de prometer mais trabalho, profetizar trabalhar menos, renunciar a vícios, propor bons hábitos, jurar persistência, afiançar paciência, professar dietas, corridas vespertinas, devoções matinais e toda sorte de cuidados para manter a mente sã, de preferência num corpinho são. O ano novo é como uma grande segunda-feira carregada de boas resoluções . Agora a coisa vai, dizemos! Relembrando as músicas de 2009, percebo que, para um autoproclamado músico, escutei pouca música. Decido, então, ouvir mais música. O problema de ouvir mais música é o risco de ouvir mais música ruim. E pior que música ruim é a música desnecessária. Aquela que ninguém precisava ouvir, mas acabou ouvindo só porque um blogueiro que acha que entende de música escreveu que você devia ouvir. Claro, algumas coisas você não precisa ouvir, como: cantor breganejo com nome bíblico (Pedro & Thiago, Daniel,...), grupos pop com nome de númer

meninos, eu li em 2009

Depois de encerrar o mestrado, consegui diversificar um pouco mais minhas leituras e audições. Ler tanto sobre pós-modernidade, cultura da mídia e música gospel foi me cansando com o tempo. Destaco abaixo os livros que mais me marcaram, que ampliaram meu tacanho horizonte. O resto é ruído , de Alex Ross Um grande livro deste final de década. Com elegância na escrita e rigor na pesquisa, o especialista Alex Ross traça um amplo painel da música do século XX ao descrever os conflitos e contradições da música de vanguarda, do pensamento modernista e as interinfluências da música popular e da música erudita. Um entre tantos capítulos imperdíveis é aquele que relata que os artífices do jazz nos anos 1920 eram músicos negros de formação clássica que buscaram a sobrevivência profissional na música popular por causa da rejeição da indústria de concertos. Celebridade , de Chris Rojek Um ensaio de altíssimo nível sobre a cultura da celebridade, seu desenvolvimento histórico e sua consolidação na

o natal de todas as horas

No famoso Conto de Natal de Charles Dickens, um ricaço aprende a sublime lição de partilhar na época do Natal. Assim, é o espírito de Natal que entra no coração endurecido do endinheirado e o faz passar de um Tio Patinhas mão-de-vaca a um generoso doador de felicidade. O Natal tem dessas coisas: após um ano sendo um executivo mal-criado e grosso, o sujeito é subitamente tocado por uma liberalidade que o leva a fazer doações a granel e dar presentes a rodo. O Natal é o Yom Kippur (o dia do perdão) dos megaempresários de consciência pesada. O que é o Natal, pergunta a repórter do telejornal? É um momento para reconciliação com a família, com os amigos, responde uma transeunte carregada de sacolas. É a hora em que desejamos paz e felicidade para todos, responde outra passante no shopping. Com mil renas voadoras, agora é o chester que será responsável pelo congraçamento do núcleo familiar. Coma o tender e love me tender. Torramos nossos décimos-terceiros sem dó, ceamos a fauna e a flora d

entre o sagrado e o profano

Movido pela vontade de reparar as brechas do pecado alheio, não raro o escriba cristão descamba para a crítica de atividades mundanas que os sóbrios humanistas também rejeitaram. Percebendo, então, que a bebedeira, a micareta e a Britney Spears também são pedra de escândalo para agnósticos e ateus, vou rabiscar o que seriam alguns dos comportamentos de professos cristãos neste mundo velho com porteira e câmera de vigilância. Antes, é preciso saber de que cristão vou falar. Sim, porque há quem se diga cristão não-praticante (censos apontam que sua maioria é composta de católicos. Ninguém ainda se diz evangélico não-praticante ou espírita não-praticante). O católico não-praticante seria como um torcedor que só vai ao estádio quando tem jogo da seleção. De outro lado, há o cristão que pensa praticar o cristianismo, mas na verdade ele pratica o "igrejismo" . O adepto do igrejismo é como aquela criatura que assiste a dez telenovelas diárias, ri, chora, dá ordens aos personagens e

meninos, eu vi - 2009

Fim de ano, fim da década, fim de feira, fim de mundo. Nessa hora, a falsa utilidade das listas serve para relembrar e nortear o que foi marcante durante um ano ou uma década ou qualquer tempo que o valha. Nesse texto, assinalo os filmes que fizeram com que eu ainda acreditasse que nem tudo é vampiro com expressão de Botox no mundo cinematográfico. Para escapar da avalanche de filmes feitos para adolescente histérica gritar, o jeito é rebobinar o passado (rebobinar, lembra?) e ver ou rever filmes que não se submeteram à tortuosa política de Roliúdi: "Quanto mais descerebrado e barulhento, melhor. Com direito a duas sequências sem noção" . Há outros, mas selecionei os seguintes filmes por questão de espaço e importância. Importância pessoal, claro, ou isto não seria uma evidente lista arbitrária. Frost/Nixon (EUA, 2008) O jogo de mentiras e meias-verdades que cerca a política e os programas de entrevistas da TV. Um filme sério e jamais monótono. Entre os Muros da Escola (Fra

torcer e distorcer: essa é a questão

Luis Fernando Veríssimo, torcedor do Internacional, escreveu na semana anterior à última rodada do campeonato brasileiro que ele ainda acreditaria na paz na terra entre os homens de boa vontade, desde que os jogadores do Grêmio, rival do Inter, ganhassem do Flamengo, permitindo assim que o seu Internacional fosse campeão. Vê-se que a paixão futebolística não tem nada de lógica. Enquanto essa paixão está dentro dos limites de rivalidade sadia, que não declara guerra campal contra o adversário nem dentro nem fora do estádio ou de casa, torcer não é problema algum. Problemas começam quando torcer vira sinônimo de distorcer, quando se pretende a vitória a qualquer custo, inclusive com o uso de expedientes ilícitos como gol de mão, gol impedido, ou qualquer armação de bastidores. Os problemas se tornam ainda mais sérios quando a paixão clubística age como uma força embrutecida, que prefere ofender em vez de incentivar, que depreda, destrói e, não raro, mata. O torcedor típico é capaz de tro

comer, rezar, enganar

Uma das cenas mais vergonhosas do ano, senão a mais, é a da "oração da propina", que é como andam chamando a oração fervorosa dos irmanados pela corrupção Durval Barbosa, Leonardo Prudente (deputado e presidente da Câmara Distrital do DF) e Rubens César Brunelli (deputado do PSC (ou do DEM, segundo o site da Câmara). Após a partilha do montante ilícito, os três senhores se unem em compungida petição aos céus. Com uma cajadada só, eles quebram a lei de Deus e a dos homens. Enquanto se aguarda o misericordioso mas justo juízo divino, já se poderia ir cumprindo a lei e os profetas da justiça civil. Quem lê (a oração a seguir), entenda: “Pai, quero te agradecer por estarmos aqui, sabemos que nós somos falhos, somos imperfeitos, mas é o teu sangue que nos purifica. Pai, nós somos gratos pela vida do Durval ter sido instrumento de bênção para nossas vidas, para essa cidade. Tantas são as investidas, Senhor, de homens malignos contra a vida dele, contra nossas vidas. Nós precisamos

a música brasileira foi rejeitada pelas igrejas protestantes devido ao preconceito?

A cultura musical brasileira é rica e multivariada. Estilos estrangeiros que aportaram por nossas bandas foram devidamente apropriados e tomaram novas formas. A miscigenação que ocorreu no trânsito de etnias teve um correlato nas misturas culturais. Práticas que eram consideradas fora-da-lei, como o samba, foram apropriadas institucionalmente e se tornaram orgulho de uma população. O que teria motivado, então, a exclusão do ambiente litúrgico das formas musicais mais populares, como o choro, o samba, a modinha? Seria o preconceito do missionário norte-americano em relação à cultura de um povo considerado incivilizado e inferior? Alguns estudiosos do cristianismo no Brasil, como Prócoro Velasques e Jaci Maraschin, têm relacionado o eurocentrismo (e o “americanocentrismo”) dos pioneiros como o fator que obstruiu a presença dos estilos musicais de matriz nacional nos cultos protestantes. Entretanto, essa visão etnocêntrica (que equivale ou valida as culturas autóctones) deixa de analisar

dinheiro na meia é vendaval

Numa tarde qualquer em Brasília, dois homens e seus podres poderes se reúnem para um encontro comum entre políticos da cidade. Um deles, o remetente, carrega consigo várias boladas de dinheiro para entregar ao destinatário que o espera numa dessas salas próprias para a prática também comum do pagamento de propina. Propina é o montante monetário em espécie servido a mandatários políticos como gratidão pelas intercessões passadas ou futuras junto ao caixa de financiamento de obras públicas. Esse encontro nada casual tinha tudo para ser mais um encontro oculto entre tantas outras ocultações da vida não fosse a presença de uma câmera, também oculta, registrando a venda da alma política ao diabo da propina. Flagrados com a mão na massa de notas, os envolvidos já começaram a jurar inocência, a acusar chantagem, a espalhar em comunicados à imprensa de que tudo não passa de um grande mal-entendido. Tarde demais. Uma imagem vale mais que mil advogados. A quantidade de envolvidos nesse escândalo

3 anos de blog

Neste mês de novembro, o Nota na Pauta faz 3 anos de vida internética. Eu gostaria de dizer como aqueles megasites de venda que anunciam seus aniversários com slogans como “Nós fazemos 3 anos e quem ganha o presente é você!”. Mas como eu sou apenas um blogueiro pobre-de-má-ré-desci, esqueçamos isso de presente, ok? Nesses três anos (com links): o mensalão inspirou meus instintos mais primitivos e comecei a série inacabada “fábulas menores de moral mínima” ; Bush filho deu lugar à Pai Obama e a esperança venceu o medo nos EUA; Ronaldo encheu a boca dos críticos com suas peripécias carnais e depois calou a boca dos críticos com o desconcertante drible da superação; a Veja afirmou-se como a revista nacional mais tendenciosa quando o assunto é falar mal governo Lula e elogiar as teorias evolucionistas; o Dunga largou o figurino da filha estilista e o Brasil passou a ganhar tudo o que disputava; o papa foi à China e Madonna encontrou Jesus; a música gospel tornou-se a mercadoria mais vendid

verdades e mitos: mensagem subliminar na música

O que é a verdade? Essa pergunta ressoa há muito tempo, inclusive sendo feita pelo hesitante Pôncio Pilatos a Jesus. A filósofa Marilena Chauí apresenta uma perspectiva tríplice do que compreendemos hoje como "verdade": a) Em grego, verdade é aletheia , que seria algo evidente e plenamente visível para a razão. Essa concepção de verdade está embasada no demonstrável hoje, no presente. b) Em latim, verdade é veritas , e tem a ver com o rigor e a precisão de um relato. Essa noção está relacionada à fidedignidade no relato de um acontecimento passado. c) Em hebraico, verdade é emunah , que significa uma crença fundada na confiança e na esperança. A palavra "amém", que quer dizer "assim seja", tem raiz no termo emunah . Quando dizemos amém , o dizemos baseados na confiança presente, mas também firmados na esperança para o futuro. Nossa concepção de "verdade" tem a ver com o verificável, com o fidedigno, com a confiança. E o mito, o que é? Mito é uma

segura na mão do henry e vai

Em vez de converter-se com o tempo em um senhor centenário respeitável, o futebol está na verdade perdendo os últimos fios brancos de respeito e dignidade que ainda tinha. O último escândalo veio a ter lugar logo na civilizada Paris; e o relato que se segue ruborizaria até as damas suspeitas de suspeitas esquinas parisienses. O que lhes passo a contar envergonha a peruca de Voltaire e a calvície de Bonaparte, mas a verdade tem que ser dita ainda que tentem abafá-la tocando a Marselhesa em dez mil alto-falantes. Conto-vos, pois: a aguerrida disputa entre França e Irlanda para garantir uma vaga na Copa de 2010 na África do Sul estava empatada em pleno Stade de France, onde onze anos atrás a seleção francesa tinha conquistado a Copa pela primeira vez na sua história. Se essas duas nações quisessem mesmo demonstrar que vieram do berço da civilização ocidental, esses países convocariam seus homens para batalhas em outras arenas que não o simplório campo de futebol. O embate poderia usar

Indiana Jones e a religião

A série Indiana Jones , além de ser a mais cara e lucrativa brincadeira de caça ao tesouro, também estabelece a religião como ponto convergente dos quatro filmes. Em Os Caçadores da Arca Perdida (1981), a Arca da Aliança é o objeto disputado por mocinhos e vilões. Em O Templo da Perdição (1984), a religião hindu funciona como cenário para as peripécias do herói. Em ambos, as religiões são estereotipadas até o último fotograma. Mas considere que todo o cenário político e arqueológico da série também repete clichês e preconceitos (não vi o quarto filme da série para comentar aqui). No terceiro filme, Indiana Jones e a Última Cruzada (1989), o diretor Steven Spielberg e o roteirista Jeffrey Boam conseguem equilibrar os temas religiosos com o clima de ação e suspense. É onde também encontram tempo para o bom humor, graças ao ator Sean Connery, mas agora não vem ao caso. No início do filme, o dublê de professor de arqueologia e caçador de raridades Indiana Jones, luta contra um inimigo

o hino da república dos homens ocos

O Brasil republicano fez 120 anos neste domingo dia 15, mas até os paralelepípedos de Brasília sabem que não se passou um dia desde a hora em que Deodoro da Fonseca empunhava a derrubada da monarquia. Um dos princípios básicos do republicanismo, a ética no tratamento da res pública, da coisa pública, do dinheiro público, ainda está para ser consolidada no Brasil. Nessa terra de Vera Cruz, ainda vigora o apadrinhamento colonial e a distribuição de cargos como se estes fossem capitanias hereditárias. De república velha para república nova, do Rio para Brasília, os personagens políticos mudam apenas de nome; nem a mudança de sobrenome pode ser celebrada. Houve mais mudança na passagem da bossa nova para a tropicália do que na mudança de réis para reais ou de reis para republicanos. Há menos pleonasmo no “coqueiro que dá côco” do que nos discursos políticos; há mais farra com as verbas públicas do que entre as carnes públicas no carnaval. O Hino da Proclamação da República ilustra com rar

por que tanto debate sobre música sacra?

Entre as palestras que realizei nesse semestre, talvez as mais marcantes foram as duas que fiz no Campori de Jovens da Associação Sul-Paranaense. Meu assunto? A música cristã contemporânea. Pude, então, falar a respeito de verdades e mitos que cercam a música sacra. É um tema muito perpassado por questões de ordem pessoal: gosto individual, interpretações descontextualizadas, falta de noção sobre a missão da igreja e, principalmente, excessiva preocupação com estilos e instrumentos musicais. A seção que não pode faltar, a de perguntas ao palestrante, centrava-se mais no uso de inovações musicais introduzidas nas igrejas. Eram as famosas "por que pode isso?", "por que não pode aquilo?", enfim, estávamos todos na fase dos "por quês". Por isso, na sexta que vem, vou preparar uma seção no blog para escrever sobre verdades e mitos nas músicas sacra e secular. Não, não serei um oráculo provido das respostas para todos os males que afligem teu pensamento sobre mú

cem palavras: o ódio a Deus

Há uns dois anos, em conversa sobre religiões, um dos interlocutores falou sobre Deus assim: "Esse Deus fica exigindo reverência e adoração só pra Ele, quer que todo mundo se humilhe e grita: se ajoelhem!" Houve um silêncio na roda, eu fiquei impressionado com a súbita cólera na fala do amigo e me faltou palavras pra dizer a ele que essa não é a ideia que tenho de Deus. O prazer do cristão deve ser andar humildemente com seu Senhor, como diz a Bíblia. Cristãos genuínos gostam de servir a Deus e, para eles, adorá-lO nada mais é que reconhecer e ser grato pelos atos poderosos de salvação dos quais se consideram não merecedores. O jornalista português João Pereira Coutinho, na Folha de S. Paulo (4/11/09), identifica que alguns intelectuais são sistematicamente agressivos em relação às religiões (e regularmente acintosos quanto ao cristianismo) não porque descreem simplesmente na existência do Deus bíblico, mas porque desenvolveram um ódio ao Deus bíblico, e acabam falando de De

a intolerância e o vestidinho indefectível

A moçoila ousada e descolada se arruma em frente ao espelho, experimenta uma, experimenta duas, na terceira roupa ela se decide. Portando apenas um vestidinho vermelho, ela anda pelos corredores da faculdade e transtorna um grupo de universitários. O vestidinho causa furor e uma entidade moralizante “baixa” nos universitários, que veem no curto figurino da moça uma profanação do solo sagrado da academia. Eles (e elas), movidos pelo zelo escandalizado típico dos jovens universitários tupiniquins, seres pouco afeitos a baladas, raves e que tais, não somente atiram a primeira e a segunda pedra na Madalena suburbana metida em trajes tão sumários, como também expulsam-na do prédio acadêmico. Só faltaram levá-la até a direção e gritar “Eis aqui essa mulher, magnífico reitor. Foi apanhada nos provocando, essa mulher deve morrer!” Teria Geisy Arruda, a dama-estudante de vermelho em questão, transtornado a turba com seu vestidinho vermelho indefectível? Vejamos. Não, ela não passou pelos tubos

o e-book e o e-leitor

Quando os primeiros livros começaram a ser impressos na gráfica de Gutenberg no remoto ano de 1455, será que houve alguém que continuou preferindo estudar nos pergaminhos? Pois no nosso informatizado século há quem não goste da novidade revolucionária, o e-book . E não é por que a nova engenhoca do saber ainda custa caro. Não se assuste com a chegada do e-book , o livro eletrônico que comportará toda a sua estante de livros. Vantangens prováveis: os livros que você quer (e conseguir comprar) a um click de distância; não amassa, não pega fungo, não tem mau cheiro nem solta as tiras; dá pra ler de noite; o portador do e-book será visto como alguém antenado - alguns dirão "descolado". Desvantagens possíveis: comprar de novo os livros que você já tem; ver uma estante ficar obsoleta; esbarrar num botão e mudar de página - ou de tela - no meio da leitura; reiniciar, resetar, reinicializar; virar o brontossauro da repartição caso não adquira um e-book . Não há como negar que ler u

para ler e ver

Fim de semana esticado até segunda. Troca de provedor de internet. Viagem com o Curitiba Coral por Blumenau e Floripa. Desculpas eu tenho para não postar um novo texto no blog. Mas posso indicar uns textos mais antiguinhos, mas não arcaicos, agarantcho-lhes: Para o sábado, uma reflexão: o compositor cristão no tempo . Para o domingo, uma dica para assistir: o ano em que meus pais saíram de férias . Para a segunda, assista o filme, jogue bola, converse, leia um livro, ou coisa sempre melhor que o blog deste web-escriba. Bom descanso a todos!

a religião ecológica

A causa ecológica, sempre preocupada com hábitos do velho homem, assegura que nosso planeta não passa de 2030. Resta somente repetir os versos de uma canção dos anos 80: É o fim da aventura humana na Terra. Uma das razões é o aquecimento gradual do sol, ex-amigo dos seres viventes. Banho de sol, nem pensar, mocinha. Resta aquela outra canção sobre um banho de lua para ficar branca como a neve ! Tirem as crianças do sol, deixem as crianças na sala! O sol agora pode causar doenças terríveis como alegria, prazer e vitamina D, coisas opostas a esse mundo que mergulha em depressão e neurose ecológica. Não vá sair agora para o sol do meio-dia, melhor evitá-lo entre 10 da manhã e 3 da tarde. Claro que tomar sol em excesso pode causar câncer. Mas, diga aí, o que nesse mundo já não causa câncer? Veja também as estatísticas de morte no trânsito e pergunte quantos andam pensando seriamente em largar o volante. É completamente cabível abdicar de refrigerante e de certos programas de TV que tamb