Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de junho, 2012

Lady Gaga vai para o show ou para a cruz?

A cantora Lady Gaga cancelou sua apresentação em Jacarta, Indonésia, devido a problemas de segurança. Num país de maioria muçulmana, seria uma temeridade se expor aos riscos da ameaça feita por grupos islâmicos que desaprovavam o show da artista em seu país. Segundo matéria do portal UOL , o empresário da cantora, Troy Carter, comparou os protestos feitos contra o show de Lady Gaga à crucificação de Cristo: “Jesus Cristo foi crucificado. Acontece”. Em suma, o empresário acha que estão pegando a Lady Gaga pra Cristo. Embora, pelas performances e pelo figurino, Lady Gaga esteja sempre vestida para o show e não como quem vai para a cruz. A comparação é obviamente exagerada, mas das duas, uma: talvez o empresário tenha dito isso com ironia ou ele acredita mesmo que Lady Gaga é a Joana d’Arc da liberdade de expressão. Se for ironia, vá lá, cada um ouve como quer. Mas se ele acha que Lady Gaga está virando mártir, das duas, uma: ou ela encara o risco de uma fogueira e f

a Paixão impopular e o triunfo do Messias

O compositor de música religiosa mais respeitado de todos os tempos é Johann Sebastian Bach. No entanto, em sua época, o próprio Bach era menos apreciado do que hoje. Sua maravilhosa A Paixão Segundo S. Mateus , considerada um Everest no Himalaia da música clássica, foi executada somente quatro vezes durante sua vida. Em nossa época secularizada, a obra de Bach é muito mais apreciada, encenada e gravada. A música sacra de Bach foi composta para ser executada na igreja. Os fiéis que ouviram A Paixão na sexta-feira de Páscoa em 1727 (ou 1729) se dirigiram à Thomaskirche (Igreja de S. Tomé) para assistir a um culto com ótima música, e não para ver a estreia de uma obra musical de um grande compositor. Situação bem diferente passou George Frederic Haendel. Quando seu oratório O Messias estreou em 13 de abril de 1742, certamente havia vários religiosos presentes, mas a estreia aconteceu num teatro em Dublin. Os teatros não tinham o hábito de apresentar peças sacras, mas após a o

todo homem odeia o george clooney

É sempre assim. Lá vem sua mulher, sua namorada, sua companheira no filme bom e no filme ruim com um DVD nas mãos. Pelo olhar exultante já até se adivinha: é um filme com George Clooney.  Você até se esforça para pertencer ao civilizado mundo dos homens contemporâneos: pendura a toalha de banho corretamente, serve a mesa do jantar, não quebra os copos na pia, ouve pacientemente a esposa enumerar a lista de compras pelo telefone do trabalho (talvez na frente das amigas!), e é capaz de chegar ao nível sênior de macho alfa, que é fazer compras jó-pacientemente num hipermercado no domingo pela manhã. Então você está lá no sofá com aquela cara de quem sabe que não basta ser marido, tem que assistir a comédia romântica junto. Aí surge o George Clooney. Não bastava apenas o cara ser um rosto bonito e charmoso? Tinha que ser elegante? Tinha que ser discreto? Tinha que dirigir bons filmes? Tinha que ser ator de recursos seja para a comédia romântica, para a sátira, para o suspense

os 11 mandamentos da vida digital

I – Não subirás ao teu leito, tu e tua mulher, cada qual com seu iPad; há tempo para tudo debaixo do teu teto. II – Não retuitarás elogios feitos a ti e a tua obra, pois, assim, não permitirás que a soberba faça ninhos sobre tua cabeça. III – Só mostrarás no Facebook fotos do teu próximo se assim teu próximo concordar; porém, se ele vier a ti, instando para que removas tal foto, vai tu ao Facebook e procede segundo sua vontade. IV – Não atualizarás teu status com que informações de que estás a jantar com os amigos justamente no momento em que estás com os amigos; conecta-te é com eles, ora, pois. V – Não cobiçarás a fama nas redes sociais, pois, ao assim proceder, amontoarás fotos fofas e textos plagiados em tua busca desesperada por likes, comments, shares e retweets. VI – Não exibirás a todo instante as imagens de onde estás nem informarás a toda hora o que estás fazendo, para que tua vida na Terra não se torne uma revista CARAS aberta. VII – Não baixarás