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Mostrando postagens de maio, 2007

LADY MACBETH NA AMAZÔNIA

A cena operística está consolidada na Amazônia. Embora eu tenha vivido somente até a adolescência na cidade de Cláudio Santoro e Milton Hatoum, é com orgulho manauara que vejo mais um triunfo do Festival Amazonas de Ópera, já em sua XI edição. Este escriba embevecido mas "desmonetarizado", posto que mero professor de marré-de-si, não esteve lá e assim transcrevo artigo do blog do João Sampaio, que esteve no Teatro Amazonas. João Sampaio - Já estou de volta de Manaus, onde assisti domingo a última récita da “Lady Macbeth” de Shostakovich – mais um triunfo da dobradinha Eliane Coelho/Luiz Fernando Malheiro (o que se diz, aliás, é que a dupla volta à ação no ano que vem com "Manon Lescaut", de Puccini). O resto do elenco também é de alto nível – Martin Mühle, Luciana Bueno, Lucas Debevec-Meyer, Marcos Paulo, Stephen Bronk, Sergio Weintraub. Gostei da direção de Caetano Villela. A estética, o modelo, digamos assim, é aquele já usado na montagem de “A Queda da Casa de Us

NINO ROTA VAI À ÓPERA

Neste fim de semana em São Paulo acontecem as últimas apresentações de uma ópera de Nino Rota. Sim, ópera. Para quem conhece o maestro italiano apenas pelas trilhas líricas dos filmes do Fellini ( La Strada , A Doce Vida e, principalmente, Amarcord ) , não será nenhuma surpresa se o espectador experimentar 4 atos de puro deleite ao assistir Um Chapéu de Palha de Florença . A ópera de Rota, absolutamente tonal e italianamente buffa , soa como um passeio campestre despreocupado, como um canto matutino de passarinho satisfeito. A história, de origem no teatro cômico francês do século XIX, ajuda, é evidente. Mas o timing de Nino Rota para a sucessão dos quadros e leveza dos personagens é algo que vem do senso cinematográfico adquirido como "trilheiro"-mor do cinema italiano antes da chegada de outro gênio, Ennio Morricone. Como falei em passarinho, certa vez o poeta Manoel de Barros estava no deck de um barco que margeava devagar e rotineiramente um rio pantaneiro, quando avis

JÓ E A PÓS-GRADUAÇÃO

Recebi esse e-mail da amiga do mestrado na UNESP, Giselle, que toca no PianOrquestra, um grupo musical que faz um piano à dez mãos incrível. O texto abaixo me chegou apócrifo, e eu o publico aqui ancorado no copyright. Na melhor tradução (e tradição) discente, copy (cópia) e right (direito), ou seja, "direito de cópia". O texto se baseia no livro bíblico de Jó, e é a prova inconteste de que aquele tão paciente homem da Antigüidade entrou numa pós-graduação duríssima, mas, para nosso ensino e correção, foi aprovado com louvor. Por isso, desde sempre, caros colegas, é preciso uma paciência bíblica e uma persistência severina. EVIDÊNCIAS DE QUE JÓ FAZIA PÓS-GRADUAÇÃO Jó, cap.2, v.11 "Jó tinha três amigos: (...)"TRÊS amigos? Êta vida social... cap.19, v.14 "Os meus parentes se afastaram; os meus amigos não lembram mais de mim." Jó, ninguém aguenta mais ouvir falar da sua tese. cap.19, v.20 "Virei pele e osso; mal consigo ir vivendo." É Jó, a grana