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Mostrando postagens de outubro, 2011

a música mais relaxante do mundo

Ela desacelera sua respiração e reduz sua atividade cerebral . Esse é o efeito da música Weightless (tradução: sem peso), da banda inglesa Marconi Union, já considerada a "música mais relaxante do mundo". A trilha de oito minutos seria tão eficaz em induzir ao sono que os motoristas são advertidos a não ouvi-la enquanto dirigem. Segundo o jornal Daily Mail , a banda buscou a orientação de terapeutas do som (os musicoterapeutas) para saber quais harmonias, ritmos e linhas de baixo seriam as mais eficientes. "O efeito nos ouvintes é uma desaceleração do ritmo cardíaco, redução da pressão sanguínea e diminuição dos níveis de cortisol (o hormônio do stress). A música do Marconi Union incorpora elementos de eletrônica, ambient, jazz e dub (informações que constam no vídeo no YouTube). Agora, relaxe. Se puder. Cientistas fizeram testes com 40 mulheres e disseram que esta música é mais eficiente para relaxar do que Enya ou Mozart. Outro estudo, encomendado

o falso profeta e o sangue negro

Uma paulada no falso profeta que se mete em negociatas e outra no negociante que prediz falsamente que a riqueza do petróleo será de todos. Isto é Sangue Negro , a história de um homem movendo montanhas pra encontrar petróleo e de um religioso atrás de almas e dólares. O império do automóvel, do petróleo e dos computadores foi construído por empreendedores que, sem eira nem beira, e por seus próprios méritos espalharam a riqueza mundo afora. Eles seriam os  self-made-men , um mito do capitalismo norte-americano. O mito está menos na impressionante persistência do empreendedorismo e mais na distribuição da riqueza. As megaempresas foram erguidas à custa de muita exploração de mão-de-obra, de chantagens, subornos e acordos espúrios entre governos e indústrias. Um enriquece muito, alguns enriquecem bastante e muitos não enriquecem nada. Como eu disse, trata-se de um mito, mas não tem nada de conto de fadas. Muito sangue correu. Aliás, o título original do filme Sangue Negro é T

o guia musical do louvor errado

As músicas desse vídeo, produzido por músicos da Primeira Igreja Batista de Orlando/EUA, são conhecidas melodias. Essas versões vão no nervo do problema. Pior que uma música esteticamente inadequada é um adorador espiritualmente hipócrita.

a sua semana começa assim?

música sacra, controle religioso e fetiche musical

Nos debates sobre música cristã, são convocados argumentos bíblicos, históricos, culturais, evangelísticos, comportamentais e até argumentos biológicos, psicofísicos e acústicos. Sem contar as lendas evangélicas urbanas como mensagens subliminares, vegetais que só gostam de Mozart etc. Eu gostaria de entrar no debate com dois argumentos: o da estabilidade sociorreligiosa e o da fetichização musical. O argumento da estabilidade : em uma prática musical comunitária, costuma-se observar, de um lado, uma comunidade que exerce um poder de controle sobre sua música considerada sagrada. Qualquer inovação musical é vista, a princípio, como um fator desestabilizador ou desviante da sacralidade de sua música. O controle é necessário para manter a estabilidade do sagrado atribuído a um dado repertório musical. Sem essa estabilidade sociorreligiosa, a comunidade pode entrar em conflito religioso e cultural.  De outro lado, observa-se o poder dessa música sagrada sobre a comunidade

a volta ao mundo em três gritos

Nos Estados Unidos, estão gritando por emprego e reforma do sistema financeiro... No Chile, estão gritando por melhorias no sistema universitário... No Brasil, gritos mesmo só de fãs histéricas.

inventores, mestres, diluidores

O escritor Ezra Pound, em ABC da Literatura (Ed. Cultrix), propôs a existência de três classes de criadores: 1.   Inventores : os que descobrem um novo processo ou cuja obra nos dá o primeiro exemplo conhecido de um processo; 2. Mestres : os que fazem várias combinações do processo inicial e se saem tão bem ou melhor do que os inventores; 3. Diluidores : aqueles que vieram depois e não foram capazes de realizar tão bem o trabalho. Ezra Pound falava de literatura. Mas a gente pode usar seus argumentos pra falar de música. Tomando como exemplo o baião nordestino, nos anos 1940 Luiz Gonzaga desenvolveu uma maneira particular de tocar o baião. Ele não era bem um compositor ou um letrista (poesia mesmo quem fazia eram os seus parceiros Humberto Teixeira e Zé Dantas), mas Gonzagão acabou sendo respeitado como um autêntico inventor. Um estilo musical nem sempre nasce pelas mãos de um homem só. Uma pessoa pode criar um modo diferente de tocar um ritmo (como João Gilberto e s