Janeiro é o tempo das dietas, amores e chuvas de verão. Até que as águas de março rolem por baixo da ponte muito BBB vai despontar para o anonimato, como o cro-magnon Kleber Bambam na Turma do Didi, ou aparecer junto com o Tarcisio Meira nas páginas da vida global, como Grazi Massafera. Sucesso ou vexame, não tem problema. Ele/ela suportam estoicamente. Mesmo porque vexame, inibição e senso de ridículo são vocábulos ausentes do idioma dos moradores da casinha de bonecas do Bial. Pedro Bial, que trocou as reportagens internacionais pela fabricação de crônicas dignas da piada do Casseta e Planeta, revelou-se o anfitrião da casa de bonecas perfeito para narrar as fantásticas peripécias de acasalamento de anônimos, para alcovitar as estrepolias eróticas de desocupados, para realizar-se como Guia deste inferno dantesco que assola o verão. E paro por aqui, que estes adjetivos já estão parecendo com, sei lá, umas crônicas do Bial, e já estou até ofendendo a memória de Alighieri e sua comédia ...
Música, mídia, cultura.