Duas ou três coisas que eu sei sobre o caso do pregador Horne, que rasgou livro de compilação de conselhos sobre música sacra sob o pretexto de que "ninguém" os pratica.
1 - Se isso foi uma atitude de coragem, estou esperando pra ver outro imaculado rasgar os Conselhos sobre Regime Alimentar, já que "ninguém" os pratica. Ou então é pra rasgar a página dos 10 Mandamentos sob a justificativa de que "ninguém" os pratica?
2 - A interpretação "zelosa" de alguns é diametralmente oposta à moderação e à intenção da autora dos conselhos.
3 - Assim como tem uma turma cantando pra torcida, tem outra turma pregando pra plateia e não para congregações. Parece que só a primeira turma merece reprimendas públicas.
4 - Cuidado com o pregador que ilude o público com generalizações. Mais cuidado ainda com quem rasga e queima livros.
5 - Na sua argumentação, o exterminador de páginas diz que por essas demonstrações musicais os crentes são tomados por um bando de fanáticos. Mas ele o faz com uma atitude típica de um fanático!
6 – Alguns dos meus alunos na PUC-PR são evangélicos, e é curioso comparar o quanto eles apreciam a música de cantores adventistas com o quanto alguns pregadores batem na música de sua própria igreja. Os alunos acham a música dos adventistas moderada e bem-feita enquanto alguns pregadores chamam essa mesma música de mundana e profana.
7 - Tem gente que se estivesse viva desde o século 12, estaria rasgando o Hinário porque este não tem coros gregorianos e ainda tem músicas de origem secular ou que vieram de outras tradições cristãs. Pior: hoje a congregação pode até cantar! Valei-me!
1 - Se isso foi uma atitude de coragem, estou esperando pra ver outro imaculado rasgar os Conselhos sobre Regime Alimentar, já que "ninguém" os pratica. Ou então é pra rasgar a página dos 10 Mandamentos sob a justificativa de que "ninguém" os pratica?
2 - A interpretação "zelosa" de alguns é diametralmente oposta à moderação e à intenção da autora dos conselhos.
3 - Assim como tem uma turma cantando pra torcida, tem outra turma pregando pra plateia e não para congregações. Parece que só a primeira turma merece reprimendas públicas.
4 - Cuidado com o pregador que ilude o público com generalizações. Mais cuidado ainda com quem rasga e queima livros.
5 - Na sua argumentação, o exterminador de páginas diz que por essas demonstrações musicais os crentes são tomados por um bando de fanáticos. Mas ele o faz com uma atitude típica de um fanático!
6 – Alguns dos meus alunos na PUC-PR são evangélicos, e é curioso comparar o quanto eles apreciam a música de cantores adventistas com o quanto alguns pregadores batem na música de sua própria igreja. Os alunos acham a música dos adventistas moderada e bem-feita enquanto alguns pregadores chamam essa mesma música de mundana e profana.
7 - Tem gente que se estivesse viva desde o século 12, estaria rasgando o Hinário porque este não tem coros gregorianos e ainda tem músicas de origem secular ou que vieram de outras tradições cristãs. Pior: hoje a congregação pode até cantar! Valei-me!
Comentários
valeu!
EDi Delinski.
Que Deus tenha misericordia de sua vida. se desviar da Verdade é uma coisa, levar outros junto com você por vaidade, é outra, e bem mais grave.
abração
todo texto vai revelar uma certa tendência. A minha tendência é conciliar a tradição e o novo, procurando orientar os músicos cristãos a perceberem que música e que performance vocal é mais adequada a cada contexto de culto.
Não vejo razão de não haver rock cristão, mas não acho que rock pauleira (cito o heavy metal como exemplo tenha lugar, até porque se ninguém entende a letra, o rock está ali apenas para entretenimento, para chamar atenção, por motivos comerciais?
Pode ter funcionado para um ou outro contexto, mas não acho que deva ser a regra.
O problema do pregador ao rasgar o livro é dizer que "ninguém" o segue, é fazer interpretações desvinculadas do contexto da autora, é distorcer o sentido de termos e expressões (ruído, balbúrdia, dissonância etc).
Quanto ao comentarista anônimo que não usa argumentos para discordar do meu texto, mas usa "pedras" e o ataque à minha espiritualidade e à minha pessoa (ataques ad hominem em vez de embasar a discordância), não vou contra-atacar.
Mais compreensão aos inovadores, mais entendimento do papel da tradição, mais comunhão e fraternidade a todos os músicos cristãos.
Sobre nossa música ser, moderada, acredito que muitas são, mas outras estão se tornando populares demais. Logicamente comparando a uma igreja penteconstal, onde já estive, somos, muitas vezes, conservadores. Isso não quer dizer, no entanto, que realmente sejamos. Muitas de nossas músicas hoje, não diferem em nada de ritmos que o mundo utiliza. Quando a música sobrepõe a adoração, deixamos de louvar e simplesmente ouvimos uma música. Temo que nossos gostos pessoais estejam sobrepondo o desejo de Deus.
Este é, apenas, meu ponto de vista. Acredito que a sincera oração (deixando de lado gostos pessoais) e o estudo da Palavra e do Espírito de Profecia podem dar a nossos compositores e a nós, ouvintes, a noção do que devemos ou não ter em nossas Igrejas e lares.
Primeiramente, o sr. partiu de uma má interpretação da ação do Pr. Horne. Pelo que pude entender ele tentou acordar a Igreja, despertar, dizer: "ACORDEM, VOCÊS ESTÃO DORMINDO! ACREDITAM EM ELLEN WHITE? ENTÃO SIGAM O QUE ESTÁ ESCRITO AQUI!"
Ora, como disse alguém em um comentário que li, esse gesto se assemelhou ao de Moisés, que quebrou as tábuas da Lei para tentar fazer acordar o povo, num gesto de ira pelo pecado.
A verdade é, senhor, que nossa igreja não preza mais pela boa qualidade musical. Gravam e vendem qualquer CD que não seja por demais escandaloso. O senhor por ser músico, sabe muito bem que a bateria é uma alternativa à orquestra, que não é indispensável. Sabe que a dissonância é condenada nos escritos de Ellen White, e está presente em algumas músicas de nossa igreja. Ele não rasgou o livro com o objetivo de invalidar o que estava ali escrito. Sua mensagem foi: Rasguemos logo, uma vez que desprezamos, que não seguimos, que viramos as costas a estes ensinos. Comparem as músicas de hoje e as de 10, 20 anos atrás. É água e vinho (não necessariamente nesta ordem). A diferença é tão grande que o observador (ou melhor, ouvinte) desavisado pode ver a pensar que são músicas compostas por pessoas de denominações diferentes. Já vi crianças levadas a dançar graças ao ritmo de músicas tocadas na igreja (e ninguém melhor que uma criança para mostrar o que realmente sente). Não sei vocês, mas a atitude do Pr. Horne não em pareceu anticristã como salientam alguns. Muito pelo contrário.
Acho que você acredita mesmo no que diz, achou um absurdo o Pr Horne cometer esse ato estranho de "rasgar" um livro. Mas esse ato foi simbólico, o livro NÃO foi escrito pelo dedo de Deus (como as pedras de Moisés) e hoje centenas de livros são impressos em segundos a preços baixos. Então rasgar um livro não usado é um recurso para tornar o sermão incomum.
O sermão aponta critérios que estão claramente sendo negligenciados pela igreja. Nessa orientação, por exemplo, o rock e o jazz devem ser evitados até em casa. Quem disser que o rock na igreja é aceitável está indo contra as orientações OFICIAIS da igreja. Talvez você não seja adventista, nesse caso: tudo bem! Não sendo adventista, embora os conceitos sejam os mesmos, não há uma orientação clara, embora possa ser feito um estudo bíblico que demonstra que a música do culto é tratada de forma especial na Bíblia. Mas para um adventista a desobediência é um ato de rebeldia, que hoje está sendo considerado normal. O sermão do Pr Horne é, nesse contexto, uma advertência. O rebelde não é ele, prestem atenção nisso.