Haendel sem O Messias , Bach sem A Paixão Segundo S. Mateus. A música sacra desprovida de dois de seus maiores monumentos. Se os críticos desses compositores tivessem vencido, assim ficaria a história da música. Na Inglaterra do século 18, Haendel era um alemão, de escola italiana, a serviço de Sua Majestade. Sem licença para ousar, mas com raro tino de espetáculo, Haendel fazia um sucesso merecido na corte inglesa. Nem por isso conseguiu estrear em Londres sua obra que viria a ser a mais famosa, o oratório O Messias . Foi para Dublin, onde alcançou tamanho êxito que os empresários londrinos logo perceberam o potencial comercial da obra. Em que pese as histórias sobre a rapidez (menos de 3 semanas) com que o oratório foi integralmente composto ou sobre a reverência do rei Jorge II durante o Aleluia (o “Hallelujah”, o “He shall reign forever and ever”), há uma outra história menos divulgada: a de que a obra encontrou firme oposição do conservadorismo musical e religioso de músicos e e...
Música, mídia, cultura.