Entre as mais bizarras adoções culturais brasileiras certamente está o Natal com pinheirinhos, renas, trenó, meia na lareira, e claro, a esdrúxula e escalafobética figura de um velhinho obeso e rosado e risonho vestido de vermelho e branco e calçando botinha Carla Perez. Nessa altura, a criançada já não tem mais tanta empatia com o bom velhinho e sabe de sua origem pelas mãos lucro-criativas da Coca-Cola. O que, a bem da verdade, fez perder um bocado da graça que o Santa Claus tinha por essas bandas. Este mesmo escriba hyperlinkado que lhe atazana o fim-de-ano possui uma foto de infância com figurino e barba noelinas, sabe-se lá a peso de que chantagens... Ex-habitante da Lapônia, eis que a indústria da publicidade natalina espalhou o rechonchudo presenteador por quase todos os rincões do planeta (se alguém souber de um Noel palestino, me avise), o que faz a gente pensar como será o Natal e o Papai Noel na Etiópia, no Pantanal, etc. Na Venezuela, o único adulto com gorro vermelho ainda...
Música, mídia, cultura.