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los perfeccionistas musicales #1


Certa ocasião, um grupo de perfeccionistas musicais se aproximou do mestre com uma pergunta:
- Qual a diferença entre o louvor raiz e o louvor nutella?

O mestre respondeu-lhes, então:
- O louvor raiz tem três estrofes e refrão, o louvor nutella tem uma estrofe repetida por mais tempo que um hino de 5 estrofes. O louvor raiz fala da criação, da cruz e da redenção em um mesmo hino. O louvor nutella fala de derramamento e milagre. O louvor raiz diz que Deus é amor. O louvor nutella repete estou apaixonado por Jesus. O louvor raiz fala de obediência. O louvor nutella fala de celebração. O louvor raiz diz que sou pecador e preciso da graça. O louvor nutella diz que sou vencedor e que Deus determinou minha vitória.
Eles se entreolharam satisfeitos com a resposta, pois assim como o pessoal do facebook, todos eles se achavam raiz. 

- Entretanto - prosseguiu o mestre – assim como muito louvor nutella cansa pela repetição, tem louvor raiz que não toca mais ninguém. Raiz sem nutella é intragável. Nutella sem raiz não é saudável. Deveis usar vossas habilidades musicais para combinar a tradição e a modernidade. Quão bom seria se temperásseis as sólidas raízes da doutrina com a musicalidade moderna sabiamente escolhida!

Ao ouvirem estas palavras, os perfeccionistas musicais saíram um a um, pois desejavam que a música sacra não tivesse mudança nem sombra de variação.

*****
Esta postagem é a primeira da minha série "Los perfeccionistas musicales", que vai tratar principalmente de música sacra, mas também vai abordar a música e o que fazemos com ela em geral. 

Comentários

Unknown disse…
Joêzer, essa raiz com nutella ficou show de bola! Vou compartilhar com a minha liderança! Parabéns pela iniciativa desta série!
joêzer disse…
obrigado pela leitura, meu caro!
Unknown disse…
"Seca-se a erva e cai sua flor mas a Palavra de Deus subsiste eternamente."
Deuteronômio = repetição.
"Porque Eu, o Senhor, não mudo, por isso vós filhos de Jacó não sois consumidos."
"8 E os quatro animais tinham, cada um de per si, seis asas, e ao redor, e por dentro, estavam cheios de olhos; e não descansam nem de dia nem de noite, dizendo: Santo, Santo, Santo, é o Senhor Deus, o Todo-Poderoso, que era, e que é, e que há de vir." Ap 4:8

Algo na Palavra me diz que, se Deus não muda, nós, ainda que não gostemos (pois não importa o nosso gosto pessoal, nem o gosto de quem devamos alcançar porque Deus não muda por causa do ser humano mas o ser humano deve ser transformado por Ele) não deveríamos também mudar o que Deus determinou: Não misturar o santo com o profano.
Aí no texto já vi a tônica da série: a mistura. Só não sei ainda do quê com o quê, ainda que pelas características os tipos se encaixem em música sacra.

De resto, não vi relação alguma com a Palavra de Deus.
Aguardo as próximas postagens. E que Deus os abençoe, irmãos!
Jonathan disse…
Ok então irmão, vamos cantar apenas cantos gregorianos.
joêzer disse…
Anderson F.,
em que parte do texto estou dizendo para misturar santo com profano. A menos que na sua cabeça 'tradição' signifique 'santo' e 'modernidade' signifique 'profano', o que, convenhamos, não faz o menor sentido.

você achou que a "tônica do texto é a mistura". Não, Anderson. A tônica do texto é o peso exagerado que uns colocam na tradição (que eu chamo de raiz) em contraste com o peso excessivo que outros colocam na modernidade (que eu chamo de nutella). Releia o texto, principalmente o trecho em que aponto as diferenças, e onde critico essa tal modernidade.

A combinação que proponho no texto é a tradição da doutrina com a modernidade musical SABIAMENTE escolhida. Não é qualquer coisa, não esse sei lá o quê que você achou não sei onde no texto.

Meu texto não diz que a Palavra muda, nem que Deus muda. Seus versos fazem o que se chama de eisegese, que é o oposto de exegese. Procure saber a diferença. Nenhum desses versos fala de mudança na cultura ou no comportamento humano, e sim da imutabilidade de Deus.

Portanto, se o que você canta não tem mistura nem modernidade, não sei realmente que música sacra você tem cantado. abraço.
Unknown disse…
Irmão Joêzer,

Em momento algum estipulei que o que você disse se trata de mistura de santo com profano, o que disse é que não sabia exatamente o que você estava propondo, exceto que sim, há uma mistura.
O que quis dizer com os textos citados é que não há problema algum em continuar com a "velha" música pois isso agrada a Deus da mesma forma pois Ele não muda e não pede que nós mudemos a música que a Ele agrada. E o que a Ele agrada é o que está delimitado na Sua Palavra, nada além nem a menos que isso.
Deus não tem problemas com repetições embora que ao olharmos a criação dEle notemos que Ele é um Deus Maravilhoso e que não criou uma única cor, um único animal, um único vegetal, muito pelo contrário, criou uma infinidade dessas coisas e sim, podemos investigar e saber também quais são, das infinidades de melodias, letras e ritmos os que Ele aprova.
Não disse também que é errado usarmos a "música moderna", exceto que, já como venho alertando, não é o nosso gosto pessoal que tem que estar sendo satisfeito na música sacra mas o que agrada a Deus. Ainda mais quando sabemos que nosso coração é enganoso e desesperadamente corrupto.

Que Deus o abençoe.
Jonathan disse…
Então irmão, você sabe qual é o gosto musical de Deus? O gosto musical dEle está delimitado em Sua palavra? Se está, compartilhe conosco essa passagem... Lembre-se: a música "antiga" já foi "moderna".
Unknown disse…
Irmão Jonathan,

Tu és informado do que há no Espírito de Profecia? És membro da IASD?
Já leste o livro, ou compilação, chamado "Música: Sua influência na vida do cristão"? Preciso dessas respostas para saber como respondê-lo melhor.

Todavia, por hora, eis por quê que acredito que devamos ter cuidado com o "novo":

O Espírito Santo nada tem que ver com tal confusão de ruído e
variedade de sons
como me foram apresentados em Janeiro último.
Satanás opera entre a algazarra e a confusão de tal música, a qual
devidamente dirigida seria um louvor e glória a Deus. Ele torna seu
efeito qual a venenosa picada da serpente.
Esses acontecimentos do passado hão de ocorrer novamente
no futuro
. Satanás fará da música uma armadilha pela maneira
como é dirigida. Deus convida Seu povo, que tem a luz diante de
si na Palavra e nos Testemunhos, a ler, considerar e colocar em prática. Instruções claras e definidas têm sido dadas a fim de todos
entenderem. Mas a comichão do desejo de dar origem a algo de
novo dá em resultado doutrinas estranhas, e destrói largamente a
influência dos que seriam uma força para o bem
, caso mantivessem
firme o princípio de sua confiança na verdade que o Senhor lhes
dera. — Mensagens Escolhidas 2:37,38

Abraços e fique com Deus.
Jonathan disse…
Sim, sou membro da IASD e sou informado sobre o que há no espírito de profecia.
Não sei como você entende que "novo" é sinônimo de algazarra e confusão... É conhecido dos estudiosos dos textos de Ellen White que aí ela se referia ao cultos da Carne Santa que estavam ganhando força na época dela. (Se você nunca tinha ouvido falar sobre isso, sugiro que tire um tempo para pesquisar sobre.) Acredito que até agora, nada disso voltou a acontecer na IASD em nossos tempos. Sobre a parte que você destacou em que ela diz sobre algo novo, claramente ela não está falando sobre música e sim sobre o "culto" da carne santa.

Cantai ao SENHOR um cântico novo, pois Ele tem realizado maravilhas; sua mão direita e seu santo braço forte lhe deram a vitória! Salmos 98:1
Unknown disse…
Irmão Jonathan,

Não sou contra o novo, sou contra o novo que se perverte com o intuito de ganhar almas. Não acho que devamos "parar no tempo" mas que todo passo adiante deve ser dado cuidadosamente.
Eu sei que muito do que a irmã White falou foi em referência aos cultos da Carne Santa porém não podemos esquecer que nada surge e acontece de uma hora para outra e que só chegamos a um destino depois de trilhar um caminho. Tu achas que o caminho que nossa música tomou não irá culminar no mesmo que aconteceu em Indiana?
Estamos inserindo em nossa música elementos que estão nos cultos dos outros e isso, além de nos fazer perder a identidade, pode nos fazer ir ao ponto de apostasia que disse a profetisa do Senhor.
Portanto, as coisas que foram escritas foram escritas como exemplo para nós, os quais vivemos no final dos séculos, não pensemos que é algo muito longe da nossa realidade e que não representa perigo. Dessa forma que não me calo diante da tal mistura, não acredito que o contemporâneo seja moralmente melhor que há 150 anos atrás para me calar, pelo contrário.

Abraços!
Jonathan disse…
Bom irmão, pode ter certeza de que se um dia em nossas igrejas houver cultos como o da carne santa, eu serei extremamente contra.
Quanto a questão de inserir elementos do culto dos outros, acho que isso não é coisa de hoje, basta ver os hinos do nosso hinário.
Quanto a questão da música de hoje ser moralmente melhor do que a de 150 anos atrás, acho que ninguém aqui disse ou pensa assim (garanto que nem o dono do blog).
Olha, isso aqui é a minha opinião, mas acredito que Deus cuidará de Sua Igreja até o final dos tempos, não nos deixando cair na apostasia.
Abraços.
Unknown disse…
Irmão Jonathan,
Só esclarecendo alguns pontos.
Tu não acreditas que a música de hoje é terrivelmente pior do que há 150 anos atrás? Alguns exemplos para refletirmos - Lema do Rock: "Sexo, drogas e rock n' roll", jazz, funk, pagode e samba com suas canções promíscuas, música eletrônica e sua irracionalidade, as derivações desses ritmos como o Reggae e o Pop e por aí vai, tudo surgindo e se popularizando mais recentemente na história e pior, sendo absorvidos nas músicas ditas sacras.
Deus só não deixará cair em apostasia aqueles que são zelosos para com Sua Pessoa e Seus conselhos, e não há uma placa com o nome dessa igreja - esses serão chamados de remanescentes. Que todos nós possamos estar nesse grupo, tendo discernimento para escolher sempre estar do lado de Jesus que uma vez disse: "24 Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de odiar um e amar o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e a Mamom." Mt 6:24

Abraços,
Jonathan disse…
Estávamos falando sobre música cristã, não estávamos? Disse que não achava a música CRISTÃ de hoje moralmente melhor que a de 150 anos atrás e vice-versa.
Quanto a música secular ser pior... Discutível, mas deixemos isso pra outro dia.
Apenas a título de curiosidade, gostaria de saber, por que vocês põe o jazz no mesmo "saco" de outros ritmos que vocês dizem ser impróprios?
Unknown disse…
Irmão Jonathan,

Estou falando de música sacra, pois desde o início o que venho alertando é da mistura que estão fazendo da música sacra com a música secular. Ou vais dizer que não temos rock, por exemplo, dentre as músicas de cantores adventistas? Em alguns casos só muda a letra...

Quanto ao Jazz:
“Quando numa Assembleia Geral é exercido o juízo dos irmãos reunidos de todas as partes do campo, independência e juízo particulares não devem obstinadamente ser mantidos, mas renunciados. […] Deus ordenou que os representantes de sua igreja de todas as partes da Terra, quando reunidos numa Assembleia Geral, devam ter autoridade” (Testemunhos Seletos, vol. 3, p. 408).

"Devemos exercer grande cuidado na escolha da música nos nossos lares,
nas reuniões sociais, nas escolas e nas igrejas . Qualquer melodia que tenha
alguma coisa em comum com o jazz, rock ou formas híbridas com elas
relacionadas, ou qualquer letra que exprima sentimentos fúteis ou triviais,
deve ser rejeitada ." (Manual da IASD, p. 166 = formulado pela Associação Geral).

Abraço,
Jonathan disse…
Bom irmão, o manual da igreja já proibiu os homens de usar barba... Imutável é apenas a lei de Deus, as normas e tradições mudam com o passar do tempo. Aqui vai um bom artigo da Revista Ministry de 1989 que fala sobre isso: http://confissoespastorais.com.br/pastor-amigo/a-base-historica-do-estilo-de-vida-adventista/
Quanto a música, é preciso entender que além de que há músicas para diferentes momentos, a música sacra foi e sempre vai ser música secular com letra religiosa (a menos que cantemos o canto gregoriano). Você condena o "pop rock" atual, mas defende a sarabanda (a maioria dos hinos do hinário são nesse ritmo, as que não são, são em marcha, outro ritmo secular). Todo ser humano louva a Deus com o que ele já está ambientado, basta ver os adventistas africanos cantando: https://www.youtube.com/watch?v=tqqPCFwkFEQ . ou vai dizer que eles não estão cantando música sacra? Deus aceita nosso louvor não porque é perfeito, mas Ele aceita porque Ele nos conhece e vê se O estamos louvando com o coração sincero.
Por fim, gostaria de te recomendar um bom site que aborda essa questão da adoração:
adoracaoadventista.com parece que o site está fora do ar, então aqui vai um link em que é possível acessá-lo: https://web.archive.org/web/20161024110938/http://www.adoracaoadventista.com/
Abraço.
Unknown disse…
Irmão Jonathan,

Então, se entendi bem, tu rejeitas o manual da igreja porque um dia ele foi revisado?
Com isso não achas que também rejeitas o dom de profecia que assegurou autoridade a assembleia geral para ditar as normas e regras da igreja?
Se um dia, no passado, se proibiu homens de usar barba, também devemos nos ater à Bíblia que tem exemplos de que a cultura pode ser um empecílio para o evangelho e, em alguns casos, deve ser evitadas certas práticas culturais. Não a toa que o manual foi posteriormente revisado e hoje não existe mais essa proibição, os tempos são outros.
O mesmo se aplica a música. Os ritmos que no passado eram seculares com o tempo não são mais considerados (guardadas as devidas proporções de suas influências), por exemplo, o piano e a música que ele produz era para bordéis mas hoje, quem associa esse som àquele ambiente? Logo, entendo que os tempos mudam e com isso nos adequamos ao hoje para que nossa mensagem não fique retrógrada e imprópria, porém somos também sabedores que satanás é especialista na música e com apenas um tom diferente ele pode corromper o que seria uma bênção. Não é a toa que muitos dos que se identificam com o Rock, o Jazz, o Funk, o Samba e derivados tem um estilo de vida que não se assemelha ao cristão. Por isso, se a igreja ainda não decidiu, por assembleia, retirar esses ritmos da proibição, entendo que Deus ainda vê sua influência maligna na nossa geração. Portanto, querido irmão, quer seja música secular ou sacra, quer seja rock ou clássica, quer seja hoje, no passado ou no futuro, devemos sempre ficar com o que Está Escrito para que não incorramos em rebeldia contra a ordenação de Deus e colhamos os frutos que, hoje, podem estar encobertos mas que certamente se mostrarão malignos.

"Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai.
O que também aprendestes, e recebestes, e ouvistes, e vistes em mim, isso fazei; e o Deus de paz será convosco."
Filipenses 4:8,9


Obs.: Não acho todas as músicas do hinário dignas de serem cantadas em um culto a Deus.

Abraços,
Jonathan disse…
Bom, já ia me despedir aqui, mas ainda tem algumas coisas que eu gostaria de explicitar. Não disse que rejeito o manual da igreja porque foi revisado (aliás bem mais de uma vez), apenas penso que ele tem a função de aconselhar, não de ser seguido como norma de fé. Quanto ao hinário, eu acho sim que todas as músicas (com exceção de "Ao Coro dos Arcanjos" - só há um Arcanjo, não é? rs rs) são "dignas" de serem cantadas em um culto. Não sei por que não o seriam.
Quanto a questão de satanás ser especialista em música, penso que ele é especialista em música tanto quanto qualquer outro anjo. https://web.archive.org/save/_embed/http://www.adoracaoadventista.org/2012/03/lucifer-regente-do-coro-celestial.html
Por último, como músico, houve algumas citações suas que me deixaram um pouco intrigado... "Os ritmos que no passado eram seculares com o tempo não são mais considerados" - Lied, sarabanda e marcha continuam sendo seculares não importando a época. "Com apenas um tom diferente ele pode corromper o que seria uma bênção" - sem querer parecer arrogante, mas acho que você deveria estudar música, garanto que a sua visão sobre música vai mudar.
Abraços.
Jonathan disse…
Continuo não entendendo qual é o mal do estilo de vida do jazz (se é que há um rs rs). Penso que não usamos jazz ou samba no culto, porque a nossa cultura não nos permite adorar a Deus nesses ritmos... Quanto ao funk, funk não é música rsrsrs. Quanto ao 'Pop Rock' (que eu chamaria de Música Cristã Contemporânea) que já entrou na igreja, aqui vai um bom artigo sobre o assunto: https://web.archive.org/save/_embed/http://www.adoracaoadventista.org/2010/01/musica-crista-contemporanea-e-musica.html
Unknown disse…
"Não tive nenhum raio de luz de que ele [o Senhor] tenha me enviado a este país [Austrália]. Eu vim em submissão à voz da Associação Geral, à qual eu sempre tenho me mantido sob a autoridade" [1MR 156].

"É plano de Satanás enfraquecer a fé do povo de Deus nos Testemunhos. A seguir vem o ceticismo com respeito a pontos vitais de nossa fé, os pilares de nossa posição, daí a dúvida quanto às Escrituras Sagradas, seguindo-se a marcha descendente à perdição. Quando os Testemunhos, que outrora foram cridos, são postos em dúvida e desprezados, Satanás sabe que os que foram enganados não se deterão aí; e ele redobra os seus esforços até colocá-los em aberta rebelião, o que se torna incurável, e o fim é a destruição". -- Testimonies, Vol.4, pág. 210-211 (5 de janeiro de 1875).
Jonathan disse…
Bom, acho que ninguém aqui disse que não tem fé nos testemunhos.
"Deus só não deixará cair em apostasia aqueles que são zelosos para com Sua Pessoa e Seus conselhos, e não há uma placa com o nome dessa igreja - esses serão chamados de remanescentes." - Anderson F.
Unknown disse…
Jonathan, tu dizes que tens fé nos testemunhos? Então por que não fazes o mesmo que a profetisa do Senhor e mantenha-te sob autoridade da Associação Geral, instituição que ela diz, quando reunidos todos os representantes, de todas as partes do planeta, é a voz de Deus?
O que digo é, não importa o quão educado na música secular tu sejas, isso não faz diferença alguma pois não conhecemos a música do céu com clareza, embora os Testemunhos deem a reta direção a seguir. Por isso antes disse que prefiro seguir o que "Está Escrito" e não opiniões humanas, pois não é maldito aquele que confia no homem e faz do mortal o seu braço?
Leia "A Igreja Remanescente", na seção que fala sobre a Associação Geral, creio que precisas entender que um manual não são simples conselhos que podemos descartar a bel prazer, é um conjunto de regras a serem estritamente seguidas para que se possa ter ordem na igreja e harmonia de fé entre os irmãos. Imagina se cada departamento decidisse fazer semelhante coisa, por exemplo, se o tesoureiro não enviasse o dinheiro para administração local, será que pode? Será que os Desbravadores podem fazer seus uniformes próprios ou devem seguir regras? Não a toa que hoje a música é um tema polêmico na igreja, pois a Palavra é deixada de lado e "Naqueles dias não havia rei em Israel; porém cada um fazia o que parecia reto aos seus olhos." Juízes 21:25

A irmã White chegou a declarar que se a música é ruim, seria melhor nem termos música nos cultos. Mas vejo que alguns pensam que é melhor ter qualquer música, de duvidosa melodia muitas vezes, do que contemplar o Senhor em reverência e silêncio.

22 Porém Samuel disse: Tem porventura o Senhor tanto prazer em holocaustos e sacrifícios, como em que se obedeça à palavra do Senhor? Eis que o obedecer é melhor do que o sacrificar; e o atender melhor é do que a gordura de carneiros. 1 Sm 15:22

Abraço,
Unknown disse…
Em tempo: Li o seu último artigo e destaco umas partes e o que eu acho do todo do artigo abaixo.

"Barbara Jepson, escrevendo no Wall Street Journal, observa: “A questão, eu penso, não é se essa mistura do sacro com o secular é inapropriada, mas quão efetivamente ela funciona. Como sou uma jornalista musical e, ao mesmo tempo, cristã, tenho três critérios: De alguma forma, o conteúdo espiritual me encoraja, exorta ou conforta? Segundo, a música é atraente? Finalmente, a música combina com a letra…?” (Barbara Jepson, “Pop Music for the Young and Pious”, Wall Street Journal, Jan. 6, 1993). E ela prossegue mostrando como a música cristã contemporânea amplamente se encaixa nesses requerimentos espirituais tão fielmente como qualquer outro tipo de música cristã tradicional.

Pela contemplação, nós somos transformados (veja 2Coríntios 3:18). Aqueles que enchem suas mentes com mensagens seculares, positivas ou negativas, invariavelmente se tornarão mais seculares. Entretanto, aqueles que ouvem música cristã contemporânea estão enchendo suas mentes com uma mensagem cristã. E isso, somado a uma fiel vida devocional, termina resultando em frutificação espiritual. Mas, para muitos jovens adventistas, as formas tradicionais ou antigas de louvor a Deus simplesmente “não colam”. É algo que, nada mais nada menos, não lhes dá uma comunicação com a qual possam identificar-se. E, com certeza, isso não é porque eles teriam sido “corrompidos pelo mundo”, como alguns prefeririam definir sem pensar.
"

Em suma, estamos mais preocupados em agradar o "EU" do que a Deus, ainda que isso claramente implique em misturar o velho homem com o homem renascido, como se isso fosse possível. De fato, como dizer que foram convertidos se, por não "colar" um estilo musical de sua igreja ele vai se afastar por inteiro de Cristo?
E vou te dizer, o meu "Eu" gosta desses estilos mas a minha razão e amor a Cristo deve ser, pelo poder de Deus, superior às minhas paixões.

"Jovens que abandonam “Guns ‘n Roses” ou “Red Hot Chili Peppers” por Cristo, precisam de uma alternativa saudável e jovem: música de boa qualidade que lhes dê motivação positiva e lhes fale do amor de Jesus. Se forçados a engolir a música de uma geração passada, da qual eles não gostam, eventualmente se voltarão contra ela – e contra a igreja, que os roubou de sua verdadeira geração e de seu significado pessoal."

Quer dizer que então a igreja deve se adequar aos jovens? O mundo caminha para o abismo ou para um padrão espiritual mais elevado? Seria sábio agirmos de acordo com que os jovens pensam? Será que estamos colocando nossos filhos como nossos mestres?
É razoável inflamar toda uma congregação porque uns jovens trouxeram seus gostos pessoais pra dentro da igreja? Como o artigo fala, se eles ouviram "Guns" e "Peppers" eles só vão gostar disso (como se o Espírito de Deus não fosse capaz de transformar nossos gostos), então o resto da congregação tem que gostar do que veio de fora? (Davi era jovem e tocava harpa...). Existe uma clara falta de verdadeira fé na geração atual e muito conformismo com o que o mundo oferece.

Um Abraço!
Jonathan disse…
Bom, parece que não vamos chegar a lugar nenhum com essa conversa rsrs, mas achei interessante quando você falou sobre os desbravadores. Eles tem sim diferentes uniformes pelo mundo, e creio que isso também se aplica a música cristã. Irmão, penso que a música não é a parte principal de nosso culto, Ellen White também disse isso. Quanto a inflamar toda uma congregação ou ter qualquer música nos cultos, eu não disse isso e nem o autor desse artigo. Lendo a Bíblia e os escritos de Ellen White não encontramos o gosto musical de Deus, é por isso que existe essa "polêmica". Quanto ao manual da igreja é interessante notar que a última versão não traz a palavra cinema...
Aqui seguem alguns artigos do irmão Joezer muito interessantes que buscam verificar os contextos das passagens de Ellen White com relação às música:
http://www.revistaadventista.com.br/blog/2015/11/16/a-musica-que-nao-parou-no-tempo/
http://www.revistaadventista.com.br/blog/2016/02/19/com-quantos-decibeis-se-faz-um-louvor/
http://www.revistaadventista.com.br/blog/2015/07/24/ellen-white-e-a-educacao-musical-da-igreja/

Como eu já disse, nunca conseguiremos aqui na terra, - por mais que tentemos - oferecer a Cristo algo que seja digno de Sua glória. Nós não somos perfeitos, Ele sim é. Mesmo assim Ele nos aceita, não por nosso mérito, mas pelo dEle. Penso que isso nos obriga a oferecer o melhor a Ele, e já que você confia tanto na organização da igreja, nunca vi a organização recriminando a música atual de nossa igreja. Penso que o que cantamos nas nossas congregações ainda é o que há de melhor na música cristã atualmente, muitos de outras igrejas cristãs também concordam com isso.
Porque o Senhor não vê como vê o homem, pois o homem vê o que está diante dos olhos, porém o Senhor olha para o coração.
1 Samuel 16:7
Mas todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças como trapo da imundícia; e todos nós murchamos como a folha, e as nossas iniqüidades como um vento nos arrebatam.
Isaías 64:6
"No essencial, unidade; no não-essencial, liberdade; e em ambos, o amor" Agostinho.
Jonathan disse…
Prometo que é o último link que eu posto aqui, rsrs. Mas este artigo sobre o assunto é muito bom e também mais "equilibrado" que esse último que você leu:
https://web.archive.org/save/_embed/http://www.adoracaoadventista.org/2010/01/musica-contemporanea-e-fogo-estranho.html
Unknown disse…
Irmão Jonathas,
Acredito que já fui claro diante da minha opinião e respeito a tua, porém não me baseio em artigos de homens que não citam adequadamente a Palavra de Deus, o Espírito de Profecia e o Manual da Igreja. Se eu não quero obedecer, tenho opções e escolho obedecer, seguindo o exemplo dos apóstolos e profetas, ainda que o mundo me diga o contrário.

Por último, só gostaria que o irmão refletisse numa coisa que dissestes:
"Irmão, penso que a música não é a parte principal de nosso culto, Ellen White também disse isso."

"Numa reunião religiosa, o ato de cantar é tanto uma adoração a Deus como o ato de pregar, e qualquer excentricidade ou traço de caráter esquisito chama a atenção das pessoas e destrói a séria e solene impressão que deve ser o resultado da música sacra. Qualquer coisa estranha e excêntrica no canto diminui a seriedade e o caráter sagrado do serviço religioso." Mensagens Escolhidas v3 p. 333.

Claro que aqui ela foca no canto e não na melodia, no entanto se no canto pode haver coisas estranhas que diminuem a seriedade e o caráter sagrado do serviço religioso, também há esses elementos na melodia. Por isso disse em certo momento da nossa conversa que um único tom pode fazer a diferença quanto a adoração a Deus.
Que a música não é o principal, não é, e sim a Oração e a Oferta, pois esses dois elementos sempre existiram no culto a Deus, porém quando pensamos na Oferta de louvor, isso se torna tão importante quanto qualquer outra parte do culto. Quero dizer que, música não é essencial porém se vais oferecer um sacrifício de louvor, esteja bem certo de que fazes a vontade de Deus para que isso seja um ato de adoração genuíno. E na minha opinião, só o fazemos assim quando, previamente ao canto, obedecemos às Suas instruções e ficamos dentro dos limites por Ele estabelecidos: Bíblia, EP, Manual. Pois, como disse antes, Deus não se agrada mais de sacrifício do que Lhe obedeçam a Sua voz.


Por último, para reflexão:
"“A música é o ídolo adorado por muitos professos cristãos observadores do Sábado. Satanás não faz objeções à música, uma vez que a possa tornar um caminho de acesso à mente dos jovens (Ibid.)"
Jonathan disse…
Esse aqui vai ser meu último comentário aqui, então lá vão minhas últimas considerações.
Não disse que o canto não é importante, e sim que ele não é a parte principal de nosso culto: "Quando os professos cristãos alcançarem a alta norma que é seu privilégio alcançar, a simplicidade de Cristo será mantida em todo o seu culto. As formas, cerimônias e realizações musicais não são a força da igreja. No entanto, estas coisas tomaram o lugar que deveria ser dado a Deus, tal como se deu no culto dos judeus." Evangelismo pag. 512.2
Minha opinião não é fundamentada em artigos de homens. Minha regra de fé é apenas a Bíblia. Esses que se preocupam tanto com as formas e com as música de hoje é dizem que a música cristã contemporânea não agrada a Deus, são os que realmente cometem eisegese, ao invés de exegese. Se existisse realmente uma passagem bíblica ou do Espírito de Profecia que dissesse qual é o gosto musical ou como é a música do céu, eu concordaria com eles, mas não há tal passagem...
Deus te abençoe.

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A cantora Paula Fernandes disse em um recente programa de TV que seu processo de composição é, segundo suas palavras, “altamente intuitivo, pra não dizer mediúnico”. Foi a senha para o desapontamento de alguns admiradores da cantora.  Embora suas músicas falem de um amor casto e monogâmico, muitos fãs evangélicos já estão providenciando o tradicional "vou jogar fora no lixo" dos CDs de Paula Fernandes. Parece que a apologia do amor fiel só é bem-vinda quando dita por um conselheiro cristão. Paula foi ao programa Show Business , de João Dória Jr., e se declarou espírita.  Falou ainda que não tem preconceito religioso, “mesmo porque Deus é um só”. Em seguida, ela disse que não compõe sozinha, que às vezes, nas letras de suas canções, ela lê “palavras que não sabe o significado”. O que a cantora quis dizer com "palavras que não sei o significado"? Fiz uma breve varredura nas suas letras e, verificando que o nível léxico dos versos não é de nenhu

Nabucodonosor e a música da Babilônia

Quando visitei o museu arqueológico Paulo Bork (Unasp - EC), vi um tijolo datado de 600 a.C. cuja inscrição em escrita cuneiforme diz: “Eu sou Nabucodonosor, rei de Babilônia, provedor dos templos de Ezágila e Égila e primogênito de Nebupolasar, rei de Babilônia”. Lembrei, então, que nas minhas aulas de história da música costumo mostrar a foto de uma lira de Ur (Ur era uma cidade da região da Mesopotâmia, onde se localizava Babilônia e onde atualmente se localiza o Iraque). Certamente, a lira integrava o corpo de instrumentos da música dos templos durante o reinado de Nabucodonosor. Fig 1: a lira de Ur No sítio arqueológico de Ur (a mesma Ur dos Caldeus citada em textos bíblicos) foram encontradas nove liras e duas harpas, entre as quais, a lira sumeriana, cuja caixa de ressonância é adornada com uma escultura em forma de cabeça bovina. As liras são citadas em um dos cultos oferecidos ao rei Nabucodonosor, conforme relato no livro bíblico de Daniel, capítulo 3. Aliás, n