A escola está desesperada. Como o aluno parece mais interessado em atualizar suas fotos no Orkut, os pedagogos acreditam que a escola precisa falar o idioma natural infantojuvenil para fazer o estudante de muito MSN e poucos engenhos se interessar pelo idioma natural acadêmico. A novidade é simples: se “todos” falam palavrão, então que os livros didáticos também falem palavrões. Apesar do que sugerem expressões fortes como “os catetos da hipotenusa” ou “ácido desoxirribonucleico” ou, tirem as crianças do blog, “oração coordenada sindética aditiva”, os palavrões nesses livros são mais prosaicos. Também ainda não foi o caso de Tiradentes aparecer xingando a mãe do delator Silvério dos Reis ou Zumbi mandando a corte imperial tomar banho num afluente do Rio Amazonas, mas o nível de recentes livros didáticos lançados em Minas e em São Paulo periga receber o carimbo censor pelo uso de “linguagem chula e imagens impróprias”. O ensino escolar dos nossos pais e avós é acusado de ter sido basead...
Música, mídia, cultura.