Não é de hoje que a juventude tenta eternizar-se morrendo em plena flor da idade. Lord Byron já preconizava: morra jovem, viva para sempre. Nos anos 60, o hit da banda The Who proclamava “I hope I die before I get old [espero morrer antes de envelhecer]”. Essa canção tem o emblemático título My Generation . O poeta morto aos 37 anos, Arthur Rimbaud, é também símbolo do artista que "extrai a rica seiva da existência vivendo intensamente toda a loucura da vida", ou então, só vivendo la vida loca. Acho que foi outro poeta, Paulo Leminski, que disse que se Rimbaud vivesse hoje ele seria um roqueiro. Difícil discordar em face de tanto roqueiro amargurado que anda nas cabeças e anda nas bocas das velhas e novas gerações. O mundo tem visto algumas dezenas de artistas rimbaudianos (e também algumas centenas de suicidas medíocres) levados inexoravelmente pela morte mitificadora, seja no front de batalha, como o poeta romântico inglês Byron; seja em tragédias na estrada, como...
Música, mídia, cultura.