Já escrevi por aqui que há quem, no decorrer de um (im)produtivo dia de trabalho, sempre tem cinco minutos para passar três horas no msn. Mas há um outro grupo: aqueles que abrem quantas páginas da internet puderem e dedicam-se à leitura rápida e indolor de sites à granel, de blogs à roldão. A linguagem da internet raramente é prolixa e já agregou os maus modos de se escrever em outra gramática - e já tem intelequitual celebrando o gramaticídio; não existe pecado ao sul do Equador nem erros de português na cyberdemocracia. Não pense o amigo que sou algum neoludista que declarará guerra às máquinas. Que nada; amo muito tudo isso. Não faço o tipo que preferiria viver no milênio passado, sem fax, sem elevador, sem chuveiro, sem liquidificador, sem vasos e descargas, sem freezer, sem lâmpadas, enfim, nas trevas de uma Sibéria total. Porém, a cada site visitado estamos mais semelhantes às criaturas que inventamos. Estamos cada vez mais optando por livros menores e telas maiores, frases lig...
Música, mídia, cultura.