Escolher uma música para cantar na igreja parece ser uma tarefa fácil. Mas não é. O sujeito recebe o convite, preprara uma mensagem musical para o final do sermão de sábado, acerta o tema com o pregador previamente, vai até seu estojo de playbacks, seleciona uma canção, ensaia, decora a letra, chega cedo no sábado de manhã, passa o som do microfone, confirma com o pastor qual o momento certo em que deve subir à plataforma para cantar e... ficou muito bom, obrigado, meu irmão, sua música “casou” com a mensagem, Deus te abençoe. Essa organização toda que descrevi, nós sabemos, não é comum. Quase sempre aparece o frequentador habitual de muitos cultos: o Improviso dos Santos, um irmão que raramente falta. Sonoplasta atrasado, cabos velhos de microfones, convites em cima da hora, Dá pra você cantar uma música na escola sabatina também?, Mas não preparei outra música, Ah, canta qualquer coisa que você trouxe aí! Não poucas vezes, o mensageiro se interessa mais pelos ensaios do que pela pr...
Música, mídia, cultura.