Deus ama a música. O livro de Jó
fala de anjos cantando como trilha sonora da Criação (Jó 38) e em homenagem ao
nascimento de Jesus (Lucas 2). Entretanto, ninguém gravou esta música e
ninguém foi transportado ao céu e de lá voltou com o Livro de Partituras
Celestes para Vozes Humanas. Embora cá na Terra haja quem diga saber qual é a
música do Céu!
Temos uma tendência a achar que
as músicas religiosas de antigamente eram superiores às atuais músicas da igreja. Mas
isso não passa de uma de nossas autoilusões favoritas, aquela que nos faz
dizer “ah, no meu tempo era diferente”.
Não há razão alguma para pensar que o louvor dos tempos do Antigo Israel era superior ao de nosso tempo. Os corações
sinceros de hoje não são menos sinceros que os de antigamente. O louvor não é
menos aceito por Deus hoje que antes.
A música praticada nos cultos do
Antigo Israel era bela e elevava os corações ao Senhor? Sim e não. O povo não
se tornava melhor por causa da música. O efeito musical dura muito pouco. O povo
se tornava melhor aos olhos de Deus ao praticar a bondade, ao andar em
humildade com Deus, ao seguir sem hipocrisias Sua lei.
Hoje, a forma musical é diferente
daquela praticada nos tempos antigos, mas o Deus é o mesmo. Como nos tempos do
Antigo Testamento, as pessoas hoje ouvem uma música e podem ser tocados por ela
ou podem ser indiferentes ao seu efeito. A atitude de louvor de um pode ser
honesta e verdadeira e a de outro pode estar corrompida pela vaidade. E isso
dificilmente é resultado da música ou do instrumento, mas das intenções pessoais.
O rei-músico Davi recebeu instruções sobre diversas atividades
e utensílios do templo. Mas não recebeu uma letra e nem uma partitura. A inspiração
musical não é inspiração verbal. Deus não passa os dias a soprar notas, acordes e
versos no ouvido dos compositores. A inspiração é de pensamento.
Davi reconhecia a
fonte de sua inspiração (2 Samuel 23: 1, 2). Mas isso não quer dizer que ele
recebia as notas e acordes como um exercício rítmico-melódico ditado por Deus. Quando Deus dá uma canção à Moisés (Deuteronômio 31:19), ou quando organiza a liturgia do templo (2 Crônicas 25), isto já não é inspiração; é uma revelação direta feita pelo próprio Deus.
Por outro lado, "não são as palavras da Bíblia que são inspiradas, mas os homens é que o foram [...] As palavras recebem o cunho da mente individual" (Mensagens Escolhidas 1, p. 21). Assim, a interpretação correta da inspiração divina é a que considera que Deus inspira o pensamento e motiva a criatividade do artista e do escritor, mas o modo como ele escreve ou as palavras que ele escolhe são um processo humano.
Por outro lado, "não são as palavras da Bíblia que são inspiradas, mas os homens é que o foram [...] As palavras recebem o cunho da mente individual" (Mensagens Escolhidas 1, p. 21). Assim, a interpretação correta da inspiração divina é a que considera que Deus inspira o pensamento e motiva a criatividade do artista e do escritor, mas o modo como ele escreve ou as palavras que ele escolhe são um processo humano.
No processo criativo, o artista escreve,
apaga, pensa, repensa, modela, descarta, volta a usar. Um músico escreve com
vários outros músicos na cabeça. É uma atividade em que se conjuga intuição
emocional e análise fria. E Deus, como músico e amante da música, inspira e,
por que não?, admira a criatividade e a arte de Sua criatura em sincero louvor.
Comentários
Canto na igreja desde criança, ou melhor, acho q já cantava dentro da barriga de minha mãe...kkk.
Mts vezes ouvi na igreja as pessoas falarem que as músicas de antigamente eram melhores, eram mais sagradas, entre outros.
E o artigo enfatiza bem esse aspecto, mostrando que não existem superioridade entre a música cantada hoje e no passado, mas, o que existe é a forma de expressão de um verdadeiro adorador.
O Senhor Jesus procura verdadeiros e sinceros adoradores que o adorem em espírito e verdade.
É isso que toca o coração do Pai, uma adoração sincera.
Kathyeri Farias
sua citação de João 4:24 é perfeita.
edson,
grato pela leitura.
Edificante,agradável e inspirador como uma boa música.
Abs.
Darcy
um abraço,
Allan
Allan, precisamos mesmo de harmonia!