"A religião, na verdade, é a consciência da insuficiência humana, é vivida na admissão da fraqueza (...) Nós deparamos com dois caminhos inconciliáveis de aceitar o mundo e a nossa posição nele, nenhum dos quais pode ufanar-se de ser mais 'racional' do que o outro... Uma vez feita, qualquer escolha impõe critérios de julgamento que, infalivelmente, a apóiam numa lógica circular: se não há Deus, só critérios empíricos devem guiar-nos o pensamento, e critérios empíricos não conduzem a Deus; se Deus existe, Ele nos dá pistas sobre como perceber Sua mão no curso dos acontecimentos, e com a ajuda dessas pistas reconhecemos a razão divina do que quer que aconteça".
(Leszek Kolakowski, em Religion: If there's no God... On God, the Devil, Sin and other Worries of the so-called Philosophy of Religion - citado por Zygmunt Bauman, em O mal-estar da pós-modernidade)
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