Pular para o conteúdo principal

cem palavras: a infantilização da vida



"Eu não quero crescer. Quero ser para sempre um menino e me divertir".
Peter Pan, fugindo para a Terra do Nunca

"A adolescência começa antes da puberdade e, para alguns, dura para sempre [...] a negação da idade está em toda parte".
Robert J. Samuelson (Adventures in Agelessness, Newsweek)

"Na indústria da moda, os vendedores visam a mãe que tenta parecer que tem 15 anos, ao mesmo tempo que a criança é enfeitada para parecer que tem 40 anos".
Ginia Bellafante (Dressing up, New York Times)

"Leitores adultos debandando para Harry Potter (quando não estão abandonando completamente o hábito da leitura); filmes inspirados em quadrinhos e videogames dominando o mercado do entretenimento" [...]
"As marcas da infância perpétua são impressas em adultos que são atraídos por: roupas sem formalidade, sexo sem reprodução, trabalho sem disciplina, aquisição sem propósito, certeza sem dúvida e narcisismo até a idade avançada [...] Na época em que vivemos, a civilização não é um ideal nem uma inspiração, é um videogame".
Benjamin Barber (Consumido, p. 16,17)

Comentários

Dhiogo Brustolin disse…
Eu acredito que na vida adulta as algumas responsabilidades e comportamentos devam mudar ate por causa de uma boa convivência social, mas nao acho q o gosto pelas coisas infantis como leitura, jogos ou mesmo um modo mais informal de se vestir devam sumir, afinal de contas é das crianças o reino dos céus.
joêzer disse…
isso tudo só é um problema quando o sujeito só lê, assiste, ouve e veste coisas para crianças e adolescentes. lembro que "quando eu era criança, eu agia como criança; mas hoje que sou mais velho...'
Daniella disse…
Muito bom! Posso reprodur no meu blog?
Daniella disse…
ReproduZIr hehehe
joêzer disse…
daniella,
estive em viagem e incomunicável.
fique à vontade.

Postagens mais visitadas deste blog

o mito da música que transforma a água

" Música bonita gera cristais de gelo bonitos e música feia gera cristais de gelo feios ". E que tal essa frase? " Palavras boas e positivas geram cristais de gelo bonitos e simétricos ". O autor dessa teoria é o fotógrafo japonês Masaru Emoto (falecido em 2014). Parece difícil alguém com o ensino médio completo acreditar nisso, mas não só existe gente grande acreditando como tem gente usando essas conclusões em palestras sobre música sacra! O experimento de Masaru Emoto consistiu em tocar várias músicas próximo a recipientes com água. Em seguida, a água foi congelada e, com um microscópio, Emoto analisou as moléculas de água. Os cristais de água que "ouviram" música clássica ficaram bonitos e simétricos, ao passo que os cristais de água que "ouviram" música pop eram feios. Não bastasse, Emoto também testou a água falando com ela durante um mês. Ele dizia palavras amorosas e positivas para um recipiente e palavras de ódio e negativas par

paula fernandes e os espíritos compositores

A cantora Paula Fernandes disse em um recente programa de TV que seu processo de composição é, segundo suas palavras, “altamente intuitivo, pra não dizer mediúnico”. Foi a senha para o desapontamento de alguns admiradores da cantora.  Embora suas músicas falem de um amor casto e monogâmico, muitos fãs evangélicos já estão providenciando o tradicional "vou jogar fora no lixo" dos CDs de Paula Fernandes. Parece que a apologia do amor fiel só é bem-vinda quando dita por um conselheiro cristão. Paula foi ao programa Show Business , de João Dória Jr., e se declarou espírita.  Falou ainda que não tem preconceito religioso, “mesmo porque Deus é um só”. Em seguida, ela disse que não compõe sozinha, que às vezes, nas letras de suas canções, ela lê “palavras que não sabe o significado”. O que a cantora quis dizer com "palavras que não sei o significado"? Fiz uma breve varredura nas suas letras e, verificando que o nível léxico dos versos não é de nenhu

Nabucodonosor e a música da Babilônia

Quando visitei o museu arqueológico Paulo Bork (Unasp - EC), vi um tijolo datado de 600 a.C. cuja inscrição em escrita cuneiforme diz: “Eu sou Nabucodonosor, rei de Babilônia, provedor dos templos de Ezágila e Égila e primogênito de Nebupolasar, rei de Babilônia”. Lembrei, então, que nas minhas aulas de história da música costumo mostrar a foto de uma lira de Ur (Ur era uma cidade da região da Mesopotâmia, onde se localizava Babilônia e onde atualmente se localiza o Iraque). Certamente, a lira integrava o corpo de instrumentos da música dos templos durante o reinado de Nabucodonosor. Fig 1: a lira de Ur No sítio arqueológico de Ur (a mesma Ur dos Caldeus citada em textos bíblicos) foram encontradas nove liras e duas harpas, entre as quais, a lira sumeriana, cuja caixa de ressonância é adornada com uma escultura em forma de cabeça bovina. As liras são citadas em um dos cultos oferecidos ao rei Nabucodonosor, conforme relato no livro bíblico de Daniel, capítulo 3. Aliás, n