
Jim Phelps coordena uma tropa de elite escolhida por suas diversas habilidades em tecnologia, lutas e disfarces. Essa equipe secreta forma o núcleo de ação de
Missão Impossível, série exibida nos EUA entre 1966 e 1973 e uma lucrativa franquia com Tom Cruise nos últimos doze anos. A função dos agentes era infiltrar-se em nações que ofereciam perigo à ‘segurança nacional’ e em organizações criminosas que pretendiam dominar o mundo. Assim como Pinky e Cérebro, todos os inimigos-alvo viam seus planos serem frustrados. No caso da série, Jim Phelps e seus agentes sempre triunfavam.

Michael Phelps saiu da piscina para entrar na história. Após quatro anos de vida monástica e treinos cientificamente estudados, o nadador tornou-se o maior atleta olímpico de todos os tempos. Superando os geniais compatriotas Mark Spitz e Carl Lewis (deste eu me recordo nas Olimpíadas de Los Angeles-84), Phelps assombrou as platéias na última semana ao ganhar todas as oito medalhas de ouro que disputou em Pequim. E o que parecia uma real missão impossível virou um feito espetacular.
Essa trajetória única corre o risco de virar mais um filme baseado em fato real – ainda mais se contarmos com a infância desacreditada do atleta contraposta ao seu destino glorioso. Ou, como uma autêntica celebridade moderna, tornar-se ele mesmo um astro das telas, como Michael Jordan e Shaquille O’Neal (ou o campeão mundial Chuck Norris). Se lembrarmos que nas Olimpíadas de 1924 e 1928 o também nadador Johnny Weissmuller ganhou cinco medalhas de ouro, bateu os recordes das provas que disputou e depois se transformou no Tarzan dos cinemas nos anos 30, ninguém pode dizer que Michael Phelps não deixará a marca de seus infindáveis braços na Calçada da Fama hollywoodiana.

David Phelps não está em cartaz no cinema nem nas raias olímpicas. A qualidade desse Phelps é outra: sua voz (há também um
homônimo americano escultor). David Phelps é um cantor gospel muito admirado no meio cristão. Particularmente, eu aprecio o período em que ele era o primeiro tenor do quarteto Gaither Vocal Band, em que cantava com impressionante vitalidade os agudos das belas canções do casal Bill e Gloria Gaither.
Ao lançar-se como solista, David Phelps alcançou um público no mínimo menos conservador do que aquele do centro-sul americano, haja vista o estilo mais pop que apresenta (noves fora o
upgrade na aparência). Embora se possa notar diferenças no caráter de sua interpretação ao longo dos anos, quando as canções e o gestual eram mais comedidos (diferença bem visível entre os dvds
I Do Believe/1997 – com o quarteto - e
Legacy of Love/2006 – solo), sua voz permanece cativante e suas performances de
“The end of the beginning”,
“These are they”,
“More than ever”,
“Let Freedom Ring” e da já clássica
“No more night”, são inesquecíveis.
Plagiando aquela propaganda, se é Phelps, é bom.
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