“A todos os Homens e Mulheres de Deus, cujo Espírito Santo despertou, venha trabalhar conosco para tomarmos posse da terra prometida”.
Esse é um apelo para evangelizar a Palestina? É um chamado avivalista para a conversão? Nada disso. É apenas a convocação de distribuidores do refrigerante Leão de Judá Cola. A terra prometida é anunciada no site da empresa: o mercado de refrigerantes no Brasil que movimentou 19 bilhões de reais em 2007.
O irmãozinho, a irmãzinha tem dúvidas sobre a garantia do negócio? A empresa, não. Segundo informa, “o Espírito Santo já nos confirmou que Ele tem 7 MIL Distribuidores Leão de Judá somente no Brasil, que o próprio Deus escolheu para trabalharmos juntos”.
Para ratificar a segurança do negócio, a empresa cita um verso bíblico: “Também conservei em Israel SETE MIL, todos os joelhos que não se dobraram a Baal, ... (I Reis 19:18).
O Leão de Judá Cola é a proposta do empresário Moisés Magalhães para dominar o mercado mundial, sim, mundial, de refrigerantes. De volta ao site: “Assim como o Senhor Jesus dividiu a história em antes e depois Dele, determinamos em nome do Senhor Jesus dividirmos a história do refrigerante em antes e depois do Leão de Judá Cola”. Se parece um plano projetado pela dupla Pinky e Cérebro, aqueles ratinhos megalomaníacos que querem dominar o mundo, veja como a Alfa Gold, a empresa que distribui a bebida, pretende realizar os treinamentos:
“A Alfa Gold utiliza o mesmo sistema de treinamento que o Senhor Jesus utilizou para formar os 12 apóstolos – o Discipulado”.
Para ninguém duvidar da liderança do empresário Moisés Magalhães, mais emprego da Bíblia para ungir a missão do Leão de Judá Cola: “Como fui com Moisés, assim serei contigo; não te deixarei, nem te desampararei” (Josué 1:5). Esse parece um empresário que não cabe em si de tantas comparações, mas que tem seu lado humilde, pôxa vida! Direto do site:
“Não temos prata nem ouro, não vamos viver juntando tesouros na terra e sim no céu”, pois “o Senhor Jesus é o Dono e Senhor da marca Leão de Judá e da empresa Alfa Gold”. Como a missão é da mais alta nobreza evangelística, o empresário anunciou que vai doar para projetos sociais 10% da renda obtida com as vendas da bebida.
Apesar de não querer ajuntar tesouros onde a traça e os juros altos corroem, o desejo da empresa não podia ser mais explícito: “Vamos conquistar cada consumidor no Brasil e no mundo”. É a santificação da megalomania. Mas não se pode criticar o que vai no coração, não é, irmão, não é, irmã?
O que vale é a intenção? Então, que tal verificar a seção “Nossa Missão” no site da empresa? O primeiro item diz: “Refrigerar o consumidor no Brasil e no mundo – corpo, alma e espírito”. Hesitações quanto à sinceridade? O site declara: “Somos dizimistas fiéis”.
Tem ainda os 10 Mandamentos do refrigerante Leão de Judá. O décimo mandamento: Crescimento Global”. Contenha o riso, por favor. O segundo “mandamento” ordena: “Amar ao Próximo: amarmos nossos consumidores como a nós mesmos”. Fique à vontade.
Essa espécie de marketing bíblico-agressivo tem se tornado um padrão no mercado evangélico neopentecostal. Basta um novo comerciante, um novo cantor, um novo bispo ou pastor/a dizer que o CD/DVD-gravado-ao-vivo-com milhares-de-fiéis está “ungido” e acredita-se que o objeto está mesmo. A “santificação” de qualquer acessório vira um penduricalho de Jesus, um balangandã do Senhor. Se é feito em nome da divindade, se é para alcançar os inalcançáveis, não se pode questionar os meios porque os fins são “santos”.
Desnecessário dizer que o mercado religioso tinha pouca possibilidade de escapar do processo de industrialização. O problema não está no crescimento desse comércio, nem mesmo no termo “comércio”. Problemas surgem quando uma empresa se presta a declarar em seu site que “toda nossa estratégia de fabricação, venda e mídia vem da Bíblia”, “que a marca Leão de Judá nasceu de uma fé sacrificial”.
Critica-se o governo, a polícia, a televisão e, principalmente, os técnicos de futebol. Mas não se pode pôr em dúvida as estratégias do mercado “cristão”.
“Temos que lutar e perseverar para transformar o mundo pela renovação de nossa mente”. Não, não é um conselho meu. É mais uma frase contraditória da propaganda do refrigerante Leão de Judá Cola.
Oops, I did it again. Desconfiei de novo dos intuitos da empresa. Aí vai meu incentivo, então:
“Parem as máquinas! Rasguem as vestes! Bebam Leão de Judá Cola!”
Esse é um apelo para evangelizar a Palestina? É um chamado avivalista para a conversão? Nada disso. É apenas a convocação de distribuidores do refrigerante Leão de Judá Cola. A terra prometida é anunciada no site da empresa: o mercado de refrigerantes no Brasil que movimentou 19 bilhões de reais em 2007.
O irmãozinho, a irmãzinha tem dúvidas sobre a garantia do negócio? A empresa, não. Segundo informa, “o Espírito Santo já nos confirmou que Ele tem 7 MIL Distribuidores Leão de Judá somente no Brasil, que o próprio Deus escolheu para trabalharmos juntos”.
Para ratificar a segurança do negócio, a empresa cita um verso bíblico: “Também conservei em Israel SETE MIL, todos os joelhos que não se dobraram a Baal, ... (I Reis 19:18).
O Leão de Judá Cola é a proposta do empresário Moisés Magalhães para dominar o mercado mundial, sim, mundial, de refrigerantes. De volta ao site: “Assim como o Senhor Jesus dividiu a história em antes e depois Dele, determinamos em nome do Senhor Jesus dividirmos a história do refrigerante em antes e depois do Leão de Judá Cola”. Se parece um plano projetado pela dupla Pinky e Cérebro, aqueles ratinhos megalomaníacos que querem dominar o mundo, veja como a Alfa Gold, a empresa que distribui a bebida, pretende realizar os treinamentos:
“A Alfa Gold utiliza o mesmo sistema de treinamento que o Senhor Jesus utilizou para formar os 12 apóstolos – o Discipulado”.
Para ninguém duvidar da liderança do empresário Moisés Magalhães, mais emprego da Bíblia para ungir a missão do Leão de Judá Cola: “Como fui com Moisés, assim serei contigo; não te deixarei, nem te desampararei” (Josué 1:5). Esse parece um empresário que não cabe em si de tantas comparações, mas que tem seu lado humilde, pôxa vida! Direto do site:
“Não temos prata nem ouro, não vamos viver juntando tesouros na terra e sim no céu”, pois “o Senhor Jesus é o Dono e Senhor da marca Leão de Judá e da empresa Alfa Gold”. Como a missão é da mais alta nobreza evangelística, o empresário anunciou que vai doar para projetos sociais 10% da renda obtida com as vendas da bebida.
Apesar de não querer ajuntar tesouros onde a traça e os juros altos corroem, o desejo da empresa não podia ser mais explícito: “Vamos conquistar cada consumidor no Brasil e no mundo”. É a santificação da megalomania. Mas não se pode criticar o que vai no coração, não é, irmão, não é, irmã?
O que vale é a intenção? Então, que tal verificar a seção “Nossa Missão” no site da empresa? O primeiro item diz: “Refrigerar o consumidor no Brasil e no mundo – corpo, alma e espírito”. Hesitações quanto à sinceridade? O site declara: “Somos dizimistas fiéis”.
Tem ainda os 10 Mandamentos do refrigerante Leão de Judá. O décimo mandamento: Crescimento Global”. Contenha o riso, por favor. O segundo “mandamento” ordena: “Amar ao Próximo: amarmos nossos consumidores como a nós mesmos”. Fique à vontade.
Essa espécie de marketing bíblico-agressivo tem se tornado um padrão no mercado evangélico neopentecostal. Basta um novo comerciante, um novo cantor, um novo bispo ou pastor/a dizer que o CD/DVD-gravado-ao-vivo-com milhares-de-fiéis está “ungido” e acredita-se que o objeto está mesmo. A “santificação” de qualquer acessório vira um penduricalho de Jesus, um balangandã do Senhor. Se é feito em nome da divindade, se é para alcançar os inalcançáveis, não se pode questionar os meios porque os fins são “santos”.
Desnecessário dizer que o mercado religioso tinha pouca possibilidade de escapar do processo de industrialização. O problema não está no crescimento desse comércio, nem mesmo no termo “comércio”. Problemas surgem quando uma empresa se presta a declarar em seu site que “toda nossa estratégia de fabricação, venda e mídia vem da Bíblia”, “que a marca Leão de Judá nasceu de uma fé sacrificial”.
Critica-se o governo, a polícia, a televisão e, principalmente, os técnicos de futebol. Mas não se pode pôr em dúvida as estratégias do mercado “cristão”.
“Temos que lutar e perseverar para transformar o mundo pela renovação de nossa mente”. Não, não é um conselho meu. É mais uma frase contraditória da propaganda do refrigerante Leão de Judá Cola.
Oops, I did it again. Desconfiei de novo dos intuitos da empresa. Aí vai meu incentivo, então:
“Parem as máquinas! Rasguem as vestes! Bebam Leão de Judá Cola!”
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