Pular para o conteúdo principal

assim na fé como na vida

Os problemas da África não podem ser resovidos só com ajudas financeiras, mas os africanos precisam conhecer a Deus, diz Matthew Parris, jornalista que se declara ateu no jornal britânico The Times. Ele afirma estar "convicto da enorme contribuição que o evangelismo cristão faz na África: bastante distinta do trabalho das ONGs seculares, projectos governamentais e esforços de ajuda internacional”.

Nascido em Johannesburgo, África do Sul, e atualmente residindo na Inglaterra, Parris diz que “na África, o cristianismo muda o coração das pessoas. Ele produz uma transformação espiritual. O renascimento é real. A mudança é boa.”

Quando esteve no Malawi, ele impressionou-se com o cristianismo de alguns membros da Pump Aid, uma instituição inglesa secular que trabalha com o saneamento da água dos poços das aldeias. “Estaria de acordo com os meus desejos, acreditar que a sua honestidade, diligência e optimismo no seu trabalho não tinham relação com a sua fé pessoal”, admite Parris. “O seu trabalho era secular, mas certamente afetado por aquilo que eles eram, (…) influenciado por uma concepção do lugar do homem no universo que o cristianismo tem ensinado.”

Aquilo o fez recordar-se do trabalho de missionários cristãos e da forma como os africanos convertidos que ele conheceu quando era menino “eram sempre diferentes.” Parris assegura que a sua nova religião não os confinava, mas parecia libertá-los e relaxá-los.
Ele acrescenta que o cristianismo pós-Reforma ensina uma “relação direta, pessoal e nos dois sentidos entre o indivíduo e Deus”, que elimina a mediação pelo grupo, ou por qualquer outro ser humano, oferecendo uma organização de vida social para aqueles que querem “abandonar uma mentalidade tribal asfixiante”.

O jornalista vê no cristianismo algo que só se passa nos sonhos mais fervorosos dos combalidos marxistas ou sociais-democratas: a capacidade de libertar os africanos da mentalidade comunal e supersticiosa que reprime a individualidade. Parris critica a “mentalidade rural tradicional” por alimentar “‘manda-chuvas’ e gangsters políticos” em cidades africanas que ensinam “um respeito exagerado” por um “líder presunçoso” que não deixa espaço para a oposição.

Antepondo-se a um relativismo falso e pernóstico, ele encerra o texto dizendo que somente os bens materiais e conhecimento não são capazes de propiciar o desenvolvimento e a mudança de que a África necessita: “Todo um sistema de crenças tem primeiro de ser suplantado”. Sabedor de que qualquer cultura será afetada pelo conhecimento de novos códigos morais, ele adverte que retirar o evangelismo cristão da “equação africana” poderá “deixar o continente à mercê de uma fusão maligna da Nike, do feiticeiro, do celular e da catana [um tipo de espada].”

Adaptação de reportagem de Ethan Cole (Christian Post)

*****

Pedras não apenas rolam. As pedras falam, clamam e gritam pelo verdadeiro cristianismo: a religião do amor em prol da liberdade intelectual, moral e espiritual. Matthew Parris é um ateu tocado pelo testemunho pessoal de vidas que espelhavam o Cristo genuíno. Costumamos separar estranhamente a fé da vida. Reservamos a fé para os momentos de comunhão e a vida para tudo o mais, quando deveríamos, em tudo, pôr a nossa fé. Nós proclamamos a liberdade quando, na verdade, aprisionamos a fé numa cela devocional e saímos para uma vida que não reflete a fé que outorgamos. Aliás, uma vida assim não expressa o tamanho da fé, mas a negligência com que a consideramos.

O cristianismo não nos liberta para o pecado, não nos liberta para a comercialização da fé. O cristianismo nos liberta para a transcendência do ambiente cultural, para a superação das hostilidades regionais e para a realização da obra divina que restaura a dignidade em cada ser humano. Liberta-nos, até mesmo, do "ismo" do cristianismo.

O cristão declara sua fé não pela força dos mísseis, não pelo fogo inquisitório, não pelos decibéis gospel. Mas pela fé gentil e consciente, pelo caráter de retidão moral e de justeza e pela compreensão do elevado papel daqueles que aceitam ser discípulos de Cristo na Terra e herdeiros da eternidade.

Comentários

Unknown disse…
Quando Deus entra em nossas vidas o mundo fica diferente, as nossas prercepçõe mudam, existe uma alegria em nosso ser,nos tratamos as pessoas difrerente e recebemos melhor os impactos da vida.

eu ouvi um sermão hoje onde o irmão dizia "você já vive hoje do mesmo jeito que vai viver no céu? do mesmo jeitinho que enoque viveu, 300 anos com Deus, e Deus o tomou para sí? com a mesma mansidão de coração que Moises aprendeu a viver?"
Anônimo disse…
O "Marcelo" disse no comentário:

"Quando Deus entra em nossas vidas o mundo fica diferente, as nossas prercepçõe mudam, existe uma alegria em nosso ser,nos tratamos as pessoas difrerente e recebemos melhor os impactos da vida."

Incrível, o álcool causa as mesmas sensações, essas mesmas aí descritas acima. Uau!

O que me pergunto é se as pessoas estão procurando a virtude para viver com Deus, elevar o espírito através da fé, da razão e da ação, ou apenas se embriagando de religião para esquecerem os seus problemas. Aliás, no céu vai tá tudo resolvido, isso é lindo!

Alcoólatras! Isso é um problema!

Raulison Mendonça!
joêzer disse…
raulison,
se você quiser comparar os efeitos do álcool sobre a mente e o corpo com o impacto de uma mudança real causada pelo cristianismo, isso fica a seu critério.

você já se preocupou se as pessoas que assistem a innexo querem ouvir suas letras ou estão lá para dançar e esquecer seus problemas?
pois é. alguns querem ouvir as letras, outros o som, outros esquecer os problemas por um instante. viu como é fácil simplificar e fingir que não entendemos?

abraços

Postagens mais visitadas deste blog

o mito da música que transforma a água

" Música bonita gera cristais de gelo bonitos e música feia gera cristais de gelo feios ". E que tal essa frase? " Palavras boas e positivas geram cristais de gelo bonitos e simétricos ". O autor dessa teoria é o fotógrafo japonês Masaru Emoto (falecido em 2014). Parece difícil alguém com o ensino médio completo acreditar nisso, mas não só existe gente grande acreditando como tem gente usando essas conclusões em palestras sobre música sacra! O experimento de Masaru Emoto consistiu em tocar várias músicas próximo a recipientes com água. Em seguida, a água foi congelada e, com um microscópio, Emoto analisou as moléculas de água. Os cristais de água que "ouviram" música clássica ficaram bonitos e simétricos, ao passo que os cristais de água que "ouviram" música pop eram feios. Não bastasse, Emoto também testou a água falando com ela durante um mês. Ele dizia palavras amorosas e positivas para um recipiente e palavras de ódio e negativas par

paula fernandes e os espíritos compositores

A cantora Paula Fernandes disse em um recente programa de TV que seu processo de composição é, segundo suas palavras, “altamente intuitivo, pra não dizer mediúnico”. Foi a senha para o desapontamento de alguns admiradores da cantora.  Embora suas músicas falem de um amor casto e monogâmico, muitos fãs evangélicos já estão providenciando o tradicional "vou jogar fora no lixo" dos CDs de Paula Fernandes. Parece que a apologia do amor fiel só é bem-vinda quando dita por um conselheiro cristão. Paula foi ao programa Show Business , de João Dória Jr., e se declarou espírita.  Falou ainda que não tem preconceito religioso, “mesmo porque Deus é um só”. Em seguida, ela disse que não compõe sozinha, que às vezes, nas letras de suas canções, ela lê “palavras que não sabe o significado”. O que a cantora quis dizer com "palavras que não sei o significado"? Fiz uma breve varredura nas suas letras e, verificando que o nível léxico dos versos não é de nenhu

Bob Dylan e a religião

O cantor e compositor Bob Dylan completou 80 anos de idade e está recebendo as devidas lembranças. O cantor não é admirado pela sua voz ou pelos seus solos de guitarra. Suas músicas não falam dos temas românticos rotineiros, seu show não tem coreografias esfuziantes e é capaz de este que vos escreve ter um ataque de sonolência ao ouvi-lo por mais de 20 minutos. Mas Bob Dylan é um dos compositores mais celebrados por pessoas que valorizam poesia - o que motivou a Academia Sueca a lhe outorgar um prêmio Nobel de Literatura. De fato, sem entrar na velha discussão "letra de música é poesia?", as letras das canções de Dylan possuem lirismo e força, fugindo do tratamento comum/vulgar dos temas políticos, sociais e existenciais. No início de sua carreira musical, Dylan era visto pelos fãs e pela crítica como o substituto do cantor Woody Guthrie, célebre pelo seu ativismo social e pela simplicidade de sua música. Assim como Guthrie, o jovem Bob Dylan empunhava apenas seu violão e ent