No momento em que o mundo atravessa grandes dificuldades, sempre surge um engraçadinho pra tirar a gente do sério. As bolsas de valores vivendo numa gangorra, o Evo Morales prendendo nosso gás, o MEC querendo mudar a forma do vestibular e, de repente, vem a notícia de mais um franco-atirador de sapatos. Dessa vez, o arremessador é um jornalista da Índia e o alvo era o ministro do Interior daquele país. Não faz tempo o ex-presidente dos EUA, George W. Bush, e o primeiro-ministro do Japão, Wen Jiabao já tinham sido alvejados.
Atirar sapatos em alguém é um insulto tanto no Iraque quanto na Índia. Mas errar o alvo de tão perto é um insulto à habilidade motora do ser humano. Ainda piora porque o quase-atingido fica todo pimpão ao escapar se contorcendo no estilo Matrix e soltar uma piadinha tipo Mel Gibson depois do perigo.
Das duas, uma: ou os políticos têm um sentido apurado digno dos X-Men – pressentem o perigo e desviam-se de objetos voadores – ou os jornalistas precisam treinar mais a fim de lançar sapatos, bolsas ou celulares com maior grau de precisão.
Caro free-lancer (tradução atual: livre-lançador), atente para algumas dicas:
- Se for dirigir um ataque de sapatos, não beba. Está mais do que provado que sua coordenação viso-motora será afetada e, depois, ridicularizada por toda a nação youtube;
- Não avise o destinatário da sapatada. Na Índia, o jornalista deve ter anunciado: “Ô Palaniappan Chidambaram, ó aqui procê!”. Antes da décima-oitava sílaba o ministro já tinha bolado duas novas desculpas, reclamado dos personagens indianos da Glória Perez e cantado o refrão de “Jai Ho”. Então, no Brasil não vá dizer “Ô Collor, segura essa!”. Ainda mais que este tem um histórico de atletismo, como corrida de processos e esconde-esconde de poupança.
No começo, era a pedra. Lascada ou não, a pedra atingia seus alvos com maior capacidade de provocar danos irreversíveis. Mas o amor cristão e a civilidade amansaram os indignados e ressentidos que, de século em século, foram trocando a pedra pelo tomate podre, o tomate pelos ovos, os ovos pela torta na cara e, quando o povo percebeu a nulidade do custo-benefício que era o ato de esvaziar a dispensa só para xingar ministros e empresários, substituiu-se a agressão hortifrutigranjeira pela proverbial vaia.
O problema é que uma vaia sozinha não faz verão. Mil bocas apupando é outra história. Uma vaia desse porte é capaz até de tirar o mandato do Sarney no Senado. Ops, me empolguei com a força vocal do povo. Ali em Brasília, vaias não fazem corar nem síndico. Melhor ir descalçando os sapatos.
Atirar sapatos em alguém é um insulto tanto no Iraque quanto na Índia. Mas errar o alvo de tão perto é um insulto à habilidade motora do ser humano. Ainda piora porque o quase-atingido fica todo pimpão ao escapar se contorcendo no estilo Matrix e soltar uma piadinha tipo Mel Gibson depois do perigo.
Das duas, uma: ou os políticos têm um sentido apurado digno dos X-Men – pressentem o perigo e desviam-se de objetos voadores – ou os jornalistas precisam treinar mais a fim de lançar sapatos, bolsas ou celulares com maior grau de precisão.
Caro free-lancer (tradução atual: livre-lançador), atente para algumas dicas:
- Se for dirigir um ataque de sapatos, não beba. Está mais do que provado que sua coordenação viso-motora será afetada e, depois, ridicularizada por toda a nação youtube;
- Não avise o destinatário da sapatada. Na Índia, o jornalista deve ter anunciado: “Ô Palaniappan Chidambaram, ó aqui procê!”. Antes da décima-oitava sílaba o ministro já tinha bolado duas novas desculpas, reclamado dos personagens indianos da Glória Perez e cantado o refrão de “Jai Ho”. Então, no Brasil não vá dizer “Ô Collor, segura essa!”. Ainda mais que este tem um histórico de atletismo, como corrida de processos e esconde-esconde de poupança.
No começo, era a pedra. Lascada ou não, a pedra atingia seus alvos com maior capacidade de provocar danos irreversíveis. Mas o amor cristão e a civilidade amansaram os indignados e ressentidos que, de século em século, foram trocando a pedra pelo tomate podre, o tomate pelos ovos, os ovos pela torta na cara e, quando o povo percebeu a nulidade do custo-benefício que era o ato de esvaziar a dispensa só para xingar ministros e empresários, substituiu-se a agressão hortifrutigranjeira pela proverbial vaia.
O problema é que uma vaia sozinha não faz verão. Mil bocas apupando é outra história. Uma vaia desse porte é capaz até de tirar o mandato do Sarney no Senado. Ops, me empolguei com a força vocal do povo. Ali em Brasília, vaias não fazem corar nem síndico. Melhor ir descalçando os sapatos.
Comentários
então além de "solitário" vc pode me xingar de burro também, porque não faço a menor ideia de como vc chegou a essa conclusão sobre mim lendo este ou outro texto.
puxa, vc podia dizer que a ironia que tentei colocar no texto passou longe ou que simplesmente escrevo muito mal.
entendo a confusão... não foi precisamente por esse texto mesmo.
o humor nele está muito bem dosado, não tem pq se preocupar. aliás, acho q não te cabe tal modéstia
eu sou ela, a propóstio
vou acompanhar o blog sempre q possível
shalom adonai!