Deus existe? A maioria das pessoas acredita que sim. Mas dentro dessa maioria há grupos que pouco se importam com os fundamentos bíblicos do cristianismo e outros que se importam tanto com os dogmas que se esquecem de ser cristãos; há aqueles que invocam Jeová para praticar atrocidades e outros que invocam a Deus para que os defenda de tamanhas atrocidades.
Deus não existe? Alguns ateus são denominados “brights”(brilhantes), e de fato, muitos deles possuem uma trajetória intelectual brilhante. Eles renegam qualquer pensamento de explicação sobrenatural da história do universo e do homem: Daniel C. Dennett considera inviável o convívio entre ciência e religião, como se o indivíduo não pudesse conciliar ambas. Christopher Hitchens chegou a apregoar a irrelevância do cristianismo na tradição cultural da humanidade. Bem se vê que na luta para suprimir a fé e eleger exclusivamente a Razão, pode-se perder a razão.
Sobre um personagem de um conto em Ficções, Jorge Luis Borges diz que “Buckley não acredita em Deus, mas quer demonstrar ao Deus não-existente que os homens mortais são capazes de conceber um mundo”. Talvez essa frase foi dirigida aos que duvidam da existência de Deus porque prefeririam que Ele não existisse, pois seria um "obstáculo" aos seus planos de vida.
Por isso, cresce o número de páginas para falar da não-existência de Deus ou que as coisas não são bem assim como Moisés, Lucas e João contaram. Como escreve João Pereira Coutinho: “Acho estranho que um ateu se preocupe com aquilo que, para ele, não existe. Nada é mais estranho do que um ateu convicto que não acredita em Deus e abomina Deus”.
Nem todos os ateus nos apontam o dedo no rosto, como muitos religiosos costumam fazer. Nem todos os cristãos ficam enervados quando alguém não concorda com o que dizem, como alguns ateus que perdem a razão. Se Deus existe, porém, tenho que considerar dois argumentos: Ele existe e eu rejeito lucidamente; Ele existe e eu aceito lucidamente. Você encontrará mais e melhores argumentos para rejeitar ou aceitar, mas todos, em algum momento de suas existências, se vêem diante da oportunidade de escolha entre o Deus vivo de Pedro e Paulo e o Deus não-existente de Marx e Nietzsche.
Comentários
Ele existe, a nossa resposta a essa Existência faz a diferença a nós mesmos e aos que nos rodeiam.
"Para que buscassem ao Senhor, se porventura, tateando, o pudessem achar; ainda que não está longe de cada um de nós;
Porque nele vivemos, e nos movemos, e existimos; como também alguns dos vossos poetas disseram: Pois somos também sua geração."- Atos 17:27 e 28
Há todo uma cosmologia que clama dizendo: Deus existe e deseja comunhão com seus filhos
Você irá gostar da leitura de "Crer é também pensar" do escritor John Stott.
http://linkliterario.blogspot.com/2010/12/indico-leitura-do-livro-crer-e-tambem.html
O autor enfatiza a importância de não abandonarmos a razão, o conhecimento e vivermos uma vida meramente baseada no fedeísmo cego, irracional e sem bases sólidas.
http://www.4shared.com/document/tG4gaQCz/Crer__tambm_pensar_-_John_Stot.html
Primeiro, existe como figura fundamental na estrutura do imaginário, que reúne todos os conceitos representativos do "máximo" e se relaciona com as idéias do todo, do perfeito, da complitude, do extremo, do pai, do gerador.
Depois, existe como um enorme colosso social, presente em todas as culturas (mesmo que sob diferentes formas), influenciando ações, servindo como régua superegóica que dá parâmetro à noção de moral de dado grupo social, criando instituições, conflitos e pacifismos, reprimindo desejos naturais e saudáveis, criando sentimentos de culpa, mas ao mesmo tempo alentando os fracos de espírito, sendo um chão, uma promessa, esperança e conforto.
É insofismável: deus existe. A existência dessa figura na estrutura psicológica, e nos rituais, crenças grupais e ações sob seu nome, alegam a existencia dele.
Aí a partir disso cada um escolhe o time que quer vestir, que tenha a fantasia mais poderosa, e faz as pequenas customizações individuais que ninguém deixa de fazer, pra que a idéia desse deus seja auto-convincente, perfeitamente sinérgica com o indivíduo criador.