O que há de novo no front pop? Muito e nada. Muito, porque a indústria pop vive de alimentar o mundo com novos rostos, novas vozes, novos corpos que se perpetuam por uma estação, se tanto. Nada, porque essa indústria vive de retroalimentar-se com shows do tipo “a última turnê da banda X”, “o reencontro dos músicos da antiga banda Y”, “o maior sucesso de todos os tempos do fim de semana”. A música pop é um baú de velhas novidades.
" Música bonita gera cristais de gelo bonitos e música feia gera cristais de gelo feios ". E que tal essa frase? " Palavras boas e positivas geram cristais de gelo bonitos e simétricos ". O autor dessa teoria é o fotógrafo japonês Masaru Emoto (falecido em 2014). Parece difícil alguém com o ensino médio completo acreditar nisso, mas não só existe gente grande acreditando como tem gente usando essas conclusões em palestras sobre música sacra! O experimento de Masaru Emoto consistiu em tocar várias músicas próximo a recipientes com água. Em seguida, a água foi congelada e, com um microscópio, Emoto analisou as moléculas de água. Os cristais de água que "ouviram" música clássica ficaram bonitos e simétricos, ao passo que os cristais de água que "ouviram" música pop eram feios. Não bastasse, Emoto também testou a água falando com ela durante um mês. Ele dizia palavras amorosas e positivas para um recipiente e palavras de ódio e negativas par
Comentários
Dá-lhe Gisele Bündchen, então!
Gente, vamos ouvir Bach e Debussy!!!
Colega, aceito sua opinião, mas em matéria de música, eu piso o pé em que o artista deve elevar e ENOBRECER de alguma forma a cabeça e a vida de quem ouvirá suas canções. Barulho, brilho exagerado, gritos, movimentos não-harmônicos do corpo, letras que nada acrescentam, não se configuram como boa música pra mim. E nesse ponto nem Michael Jackson escapa do meu escrutínio, seja lá que REVOLUÇÃO TRANSFORMADORA ele tenha feito na música americana. Gostava de vê-lo dançar, mas se eu tiver que escolher entre ouvir Michael Jackson e Lady Gaga, fico com Mozart. Discurpa se te deixo chateado...
Ela transformou a vida em espetáculo e coreografou cada gesto seu como parte de uma performance ininterrupta, a tal ponto que ficou obrigada a cometer uma transgressão por dia e jamais pode usar uma roupa comum em público.
A vida dela não inspira a sua "arte", tornando-se, em vez disso, um mero suporte para ela, um palco no qual incontáveis referências pop podem aparecer e ganhar os holofotes (daí que, no lugar de um nome artístico artístico, foi escolhido um título pop, tirado de uma música do Queen, para denominá-la).
Lady Gaga simboliza a hipertrofia da representação e, nesse processo de espetacularização da vida, não restam mais vestígios de identidade - corpo e alma estão sempre à serviço da performance, buscando desesperadamente alguma reação, o aplauso ou a vaia, da plateia.
A sua originalidade consiste justamente na ausência de qualquer componente original, pois tudo nela é emprestado, reciclado e carrega uma tonelada de referências. Ela possui mil e uma máscaras, brinca à vontade com elas, mas não possui nenhum rosto (os clipes, aliás, dão provas disso). Até mesmo a rebeldia dela, como você bem colocou, é cuidadosamente calculada e bebe num caldeirão de influências.
Ao oferecer o vazio num embrulho "extravagante e bizarro" e mergulhar a vida numa representação incessante, Lady Gaga, a artista mais importante da atualidade, sintetiza o mundo pós-moderno e nos oferece algumas pistas para entender a realidade que nos cerca.
Maravilhoso! Quem dera eu saber escrever assim!
Abraço.