"Só sei que nada sei" é o socrático lema de todos os humildes pensadores. E também desculpa para entregar um trabalho mal-feito na faculdade. Mas uma hora a gente tem que aprender alguma coisa, que a vida não é essa pasmaceira grega de ficar pensando e filosofando e filosofando e pensando. Afinal, pensar dá fome e filosofia não enche barriga, a menos que você seja francês ou professor da USP, e olhe lá.
Resta aos filhos deste solo abrir a mente e aprender com filósofos contemporâneos da fina estirpe de Bernardinho, Rubens Barrichello e André Lima, três seres agraciados pelo destino neste fim de semana esportivo que passou. Tudo bem, fina estirpe é um pouco demais para os dois últimos. Mas tende calma, ó leitor inclemente, dai-me a graça de vossa companhia nas próximas mal-traçadas.
Na falta de homens de boa doutrina, fica o exemplo de tranquilidade e ternura de Bernardinho. Só se for outro Bernardo, você dirá. O Bernardinho que conhecemos é o treinador que “ganha no grito”, é o técnico que vence com disciplina férrea, trabalho contínuo e inteligência tática impressionante. Sabendo que Bernardinho sempre foi reserva na seleção brasileira de vôlei e deixou de ser jogador aos 29 anos para se tornar o Pelé dos técnicos, não está na hora de você (e eu, certamente) repensar prioridades, reconsiderar o talento e aprumar as velas para outra direção?
Se Bernardinho é demais pra nós, então mudemos de exemplo. Barrichello é ou não é um cara insistente, até irritantemente insistente? Se Zagallo é o Forrest Gump do futebol brasileiro – o homem errado na hora certa, no lugar certo, com os companheiros de seleção certos –, Rubinho é a hiena Hardy da Fórmula 1 – ó dia, ó azar, ó alemão. Tudo dá errado para o piloto, sendo que ele já incorporou o personagem e sempre reclama de ser um injustiçado, um azarado. Se ele fosse uma equipe, seria o Botafogo, pois tem coisas que só acontecem com o Botafogo (clique aqui para ver uma dessas coisas). Se ele fosse uma lei, seria a de Murphy.
Ao contrário de Zagallo, Rubinho parece ser o homem errado, na hora errada, na pista errada. Às vezes, até quando está na frente, tem alguém errado atrás dele, como foi o triste caso de Felipe Massa. Eia, porém, que o piloto dos segundos lugares não se contentou em ser segundo. Quis ser o centésimo, o piloto da centésima vitória de um brasileiro nas pistas da Fórmula 1.
Resta aos filhos deste solo abrir a mente e aprender com filósofos contemporâneos da fina estirpe de Bernardinho, Rubens Barrichello e André Lima, três seres agraciados pelo destino neste fim de semana esportivo que passou. Tudo bem, fina estirpe é um pouco demais para os dois últimos. Mas tende calma, ó leitor inclemente, dai-me a graça de vossa companhia nas próximas mal-traçadas.
Na falta de homens de boa doutrina, fica o exemplo de tranquilidade e ternura de Bernardinho. Só se for outro Bernardo, você dirá. O Bernardinho que conhecemos é o treinador que “ganha no grito”, é o técnico que vence com disciplina férrea, trabalho contínuo e inteligência tática impressionante. Sabendo que Bernardinho sempre foi reserva na seleção brasileira de vôlei e deixou de ser jogador aos 29 anos para se tornar o Pelé dos técnicos, não está na hora de você (e eu, certamente) repensar prioridades, reconsiderar o talento e aprumar as velas para outra direção?
Se Bernardinho é demais pra nós, então mudemos de exemplo. Barrichello é ou não é um cara insistente, até irritantemente insistente? Se Zagallo é o Forrest Gump do futebol brasileiro – o homem errado na hora certa, no lugar certo, com os companheiros de seleção certos –, Rubinho é a hiena Hardy da Fórmula 1 – ó dia, ó azar, ó alemão. Tudo dá errado para o piloto, sendo que ele já incorporou o personagem e sempre reclama de ser um injustiçado, um azarado. Se ele fosse uma equipe, seria o Botafogo, pois tem coisas que só acontecem com o Botafogo (clique aqui para ver uma dessas coisas). Se ele fosse uma lei, seria a de Murphy.
Ao contrário de Zagallo, Rubinho parece ser o homem errado, na hora errada, na pista errada. Às vezes, até quando está na frente, tem alguém errado atrás dele, como foi o triste caso de Felipe Massa. Eia, porém, que o piloto dos segundos lugares não se contentou em ser segundo. Quis ser o centésimo, o piloto da centésima vitória de um brasileiro nas pistas da Fórmula 1.
Mas este juiz não foi o pior exemplo do dia. No mesmo jogo, o atacante André Lima “cabeceou” uma bola com a mão e fez um gol ilícito. Não adiantou os corintianos reclamarem ao Bispo, digo, ao juiz. Tendo enganado a todos, menos ao replay, André Lima não disse que seu gol foi feito com “la mano de Diós” como certo craque argentino, mas ajoelhou-se no gramado e apontou para o alto ou para o Altíssimo, ele sabe. Agora a gente entende que esse gesto de apontar para cima depois de fazer um gol quer dizer muito pouco sobre a religião do goleador. Ou pode dizer muito, como nesse caso. Então, responda rápido: o que André Lima pensava ao se ajoelhar naquela tarde de domingo? a) “Senhor, tem misericórdia de mim, um goleador pecador. Pior: mais pecador que goleador”.
b) “Te agradeço pela cegueira do juiz e do bandeirinha e por me dar pontaria e braço comprido para bater a bola pra dentro do gol”.
c) “Que a câmara não tenha registrado meu engodo. Se registrou, que estrague a fita. Se não estragar a fita, que o juiz seja o culpado de validar o gol. Se não culparem o juiz, que minha pena seja pequena”.
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