Ano novo. Vida nova? Muita gente vai pular sete ondas, vestir roupa nova e branca, rezar três Ave Marias, acender um incenso, fazer uma corrente, abrir champanhe, dar um beijo durante os fogos da TV. Com exceção do beijo (não necessariamente durante os fogos de Copacabana – prefiro os daqui da vizinhança mesmo), não consigo acreditar no resto. Se o ano novo é encarado como um ritual de passagem, que seja um ponto de partida para o auto-aperfeiçoamento e não como aquelas resoluções de segunda-feira. Toda segunda-feira tem alguém começando o regime, a malhação, a boa vontade entre os homens. Na quinta, já estão quase todos obesos, flácidos e iracundos como dantes. Resoluções que dão certo começam no minuto posterior a tomada de decisão. Carpe diem , aproveitem o dia, como dizia o professor Robin Williams em sociedade dos poetas mortos . Mas, como vivemos no país que sempre deixa para amanhã o que devia ter feito ontem... No ano que se vai, completei bravamente (ok, nem tanto) um ano sem...
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